Álbuns de rock e metal criticados no lançamento hoje figuram entre os mais influentes do gênero. De 1969 a 2010, dez discos viram a opinião de jornais e revistas ser desmentida pelo público. As informações são da Metal Injection.
No debut do Led Zeppelin (1969), John Mendelsohn, da Rolling Stone, acusou Jimmy Page de compor faixas “fracas e sem imaginação” e achou Robert Plant “afetado, mas nada empolgante”. Um ano depois, Lester Bangs comparou o primeiro Black Sabbath a “Cream, só que pior”, enquanto Robert Christgau cravou nota C- e chamou o LP de “o pior da contracultura”.
Em 1976, “High Voltage”, do AC/DC, recebeu de Billy Altman o veredicto “estupidez calculada”. A enciclopédia The Spin Guide repetiu o desdém: 4/10. Já “Killers” (1981), do Iron Maiden, ganhou 1/5 da revista Sounds e foi posto por Christgau em sua lista de “derrapagens”.
“Shout at the Devil” (1983) rendeu ao Mötley Crüe 2/5 da Rolling Stone, que descreveu a banda como “anti-heróis para adolescentes”. O death metal de “Scream Bloody Gore” (Death, 1987) levou 1/5 da Kerrang!, nota revertida para 5/5 em 2011.
O primeiro álbum do Mayhem, “De Mysteriis Dom Sathanas” (1994), recebeu zero no Collector’s Guide to Heavy Metal; a Kerrang! subiu de 3/5 para 4/5 após nova avaliação. No mesmo ano, o Korn estreou com notas D (Calgary Herald), C- (Village Voice) e 2/4 (Los Angeles Times); Rolling Stone manteve os 2/5 em 2004.
Em 1996, “The Great Southern Trendkill”, do Pantera, ficou com 2/4 no LA Times e 2/5 na Rolling Stone, enquanto a Entertainment Weekly deu C+. Fechando a lista, “Deep Blue” (Parkway Drive, 2010) recebeu 2,5/5 do Alter the Press e foi tachado de “Celine Dions da Austrália” pelo PunkNews.
Hoje, todas essas avaliações soam tão distantes quanto o próprio tempo; os fãs transformaram críticas severas em história da música pesada.



