Björk e Paramore retiraram seus catálogos das plataformas de streaming em Israel ao aderir, neste sábado (27 de setembro de 2025), à campanha cultural No Music For Genocide.
A iniciativa conclama músicos e detentores de direitos autorais a suspender o acesso às obras no país como forma de pressionar autoridades diante do conflito com a Palestina. Mais de 400 artistas e selos, entre eles Massive Attack, Rina Sawayama, Fontaines D.C. e Primal Scream, já participam da ação coletiva.
Para viabilizar o bloqueio, os envolvidos alteram as regiões de distribuição ou solicitam geobloqueio a gravadoras e distribuidoras. Conhecida por defender causas sociais, Björk já havia se manifestado a favor do povo palestino e da independência tibetana. O Paramore, por sua vez, declarou em redes sociais, no ano passado, apoio à organização Médicos Sem Fronteiras e afirmou: “Não podemos apoiar um genocídio. Defendemos um cessar-fogo imediato e permanente”.
Em comunicado, os organizadores do boicote afirmam que “a cultura não para bombas sozinha, mas ajuda a rejeitar a repressão política e a recusar a normalização de crimes contra a humanidade”. O texto cita outras mobilizações globais, como o compromisso de trabalhadores do cinema e o bloqueio de navios rumo a Israel na Espanha e no Marrocos.
A campanha ressalta que o primeiro objetivo é encorajar mais artistas a “reivindicar sua agência” e ampliar a pressão internacional. “Quanto mais formos, mais forte será nossa voz. Este é apenas o começo”, conclui a nota.