Blaze Bayley, ex-vocalista do Iron Maiden e integrante do reunido Wolfsbane, iniciou uma turnê especial executando o álbum solo de estreia “Silicon Messiah” na íntegra para marcar seus 25 anos.
Lançado em 2000, o disco nasceu a partir de ideias que Bayley pretendia usar em um terceiro trabalho com o Maiden, plano interrompido após sua saída da banda. O cantor relembra que aplicou lições aprendidas com Steve Harris e canalizou sentimentos de medo, solidão e isolamento em faixas como “Ghost in the Machine”, inspirada no escritor Ray Bradbury.
O lançamento original enfrentou um revés estratégico: saiu na mesma semana de “Brave New World”, primeiro álbum do Maiden com o retorno de Bruce Dickinson, e passou quase despercebido. “Foi um nascimento natimorto”, admite Bayley, lembrando que muitos acharam que ele havia se aposentado. No canal Minha Vida em Vinil fiz um vídeo falando sobre isso, clique aqui e confira.
Duas décadas e meia depois, o músico opera de forma totalmente independente. Ele prefere casas menores, onde consegue proximidade com o público, e afirma não sentir queda de bilheteria. “Toco em locais independentes e, ao final, eles sempre perguntam: ‘mesma data no ano que vem?’”, diz.
Paralelamente, o Wolfsbane regravou o álbum de estreia de 1989, “Live Fast, Die Fast”, após o desaparecimento das fitas-mestre e insatisfação com aspectos da produção original de Rick Rubin. Segundo Bayley, a nova versão agradou à maioria dos fãs, enquanto o produtor não se manifestou.
A turnê comemorativa de “Silicon Messiah” já está em andamento; datas e ingressos podem ser conferidos no site oficial do artista.