Boicote ao Spotify foi a palavra de ordem lançada por ativistas norte-americanos que acusam a plataforma de exibir anúncios do Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE) e de explorar músicas geradas por IA.
A iniciativa, batizada de “Spotify Unwrapped”, é liderada pelos coletivos 50501 Movement, Indivisible Project e Working Families, os mesmos que organizaram os protestos “No Kings” contra o governo Donald Trump. O nome faz alusão ao popular recurso “Wrapped”, que resume os hábitos de audição dos assinantes no fim do ano.
Em nota reproduzida pelo site Consequence, Ezra Levin, cofundador do Indivisible, declarou que o serviço “está explorando o trabalho dos artistas enquanto recruta silenciosamente para um órgão que separa famílias” e pediu que usuários cancelem suas assinaturas. O portal da campanha disponibiliza materiais para redes sociais e orientações sobre como encerrar contas.
Questionado no início do ano sobre os anúncios do ICE na modalidade gratuita, o Spotify respondeu que o conteúdo “não viola nossas políticas de publicidade”.
A empresa também enfrenta críticas ao presidente-executivo Daniel Ek. Reportagens revelaram investimentos dele em tecnologia de drones militares baseada em inteligência artificial. Ek deixará o cargo de CEO em janeiro e passará a atuar como presidente do conselho.
Com a pressão crescente, o boicote ganha força entre ouvintes que exigem que a gigante do streaming reveja sua política de anúncios e sua relação com projetos militares.




