Boicote ao Eurovision 2026 ganhou força depois que Irlanda, Espanha, Holanda e Eslovênia confirmaram que não tomarão parte na 70ª edição do concurso, agendada para Viena.
A decisão dos quatro países foi anunciada um dia após a União Europeia de Radiodifusão (EBU) votar, em 4 de dezembro, novas regras para limitar campanhas de terceiros que possam influenciar o público. A entidade, no entanto, não submeteu a participação de Israel a votação, entendimento que a “grande maioria” dos membros considerou suficiente para manter o país no evento.
Em Dublin, a emissora RTÉ classificou a presença israelense como “inconcebível”, citando as mortes e a crise humanitária em Gaza. Madri seguiu a mesma linha: a RTVE pediu votação secreta sobre Israel durante a reunião de executivos em Genebra, mas teve a solicitação rejeitada e declarou quebra de confiança no processo.
Na Holanda, a Avrotros avaliou que, “nas circunstâncias atuais, a participação conflita com os valores públicos” da rede. Já a RTVSLO, da Eslovênia, reiterou que competir contrariaria seus princípios de paz, igualdade e respeito.
Embora não tenha aderido ao boicote, a Islândia sinalizou que discutirá o tema em reunião de diretoria na próxima semana. A edição de 2026 será sediada na capital austríaca graças à vitória do cantor JJ em 2025, marcada como a 70ª apresentação do festival.
Por outro lado, representantes israelenses celebraram a decisão da EBU, afirmando que o veredito reforça a cooperação cultural entre nações por meio da música.
Sobre a Eurovision
O Eurovision é a maior competição musical televisiva do mundo, organizada anualmente pela União Europeia de Radiodifusão (UER), reunindo países europeus (e alguns convidados) para apresentar músicas inéditas, com votação do público e júris, coroando o vencedor, que sedia o evento no ano seguinte, sendo um grande espetáculo de cultura e entretenimento.
