Bruce Dickinson justificou, em entrevista à rádio 94.9/104.5 The Pick (Idaho, EUA), por que seus discos solo apresentam um peso maior do que o material do Iron Maiden.
Segundo o vocalista, a escolha é “intencional”. Ele explicou que, dentro do Maiden, a direção artística sofre forte influência do baixista e fundador Steve Harris, cuja preferência inclui passagens progressivas. “Há muita densidade disponível hoje que o Maiden não explora, talvez porque não se encaixe na sonoridade que o Steve gosta. Eu não tenho essa restrição”, afirmou (via Blabbermouth).
Esse espírito livre pauta a turnê norte-americana “The Mandrake Project Live 2025”, iniciada em 22 de agosto no House Of Blues, em Anaheim. É a primeira série ampla de apresentações solo de Dickinson no continente em quase três décadas. A banda de apoio reúne Dave Moreno (bateria), Mistheria (teclados) e Tanya O’Callaghan (baixo), além dos recém-chegados guitarristas Philip Näslund e Chris Declercq. O colaborador de longa data Roy “Z” Ramirez ficou de fora da formação de estrada.
O set de 16 músicas trouxe a estreia ao vivo de “Shadow Of The Gods”, faixa de “The Mandrake Project”, álbum lançado em 1.º de março de 2024 pela BMG. Outra surpresa foi “Flash Of The Blade”, do Maiden, executada pela primeira vez fora do estúdio desde seu lançamento no disco “Powerslave” (1984). Antes de tocá-la, Dickinson lembrou que compôs a música e provocou a plateia a adivinhar qual seria o tema.
Dickinson gravou “The Mandrake Project” em Los Angeles ao lado de Roy Z, Mistheria e Moreno, mantendo a busca por timbres mais graves e guitarras afinadas abaixo do padrão. Para o cantor, essa liberdade é “o risco que vale a pena” na trajetória de um artista que se cobra inovação contínua fora do Iron Maiden.
