Coliseu de Roma não terá raves, diz novo diretor

Luis Fernando Brod
2 minutos de leitura
Coliseu de Roma. Foto: Dave G Kelly/Getty Images.

Coliseu de Roma não receberá raves, confirmou o diretor Simone Quilici ao esclarecer rumores que circularam nas redes desde sua posse.

Em entrevista à Associated Press, Quilici rejeitou a ideia de transformar o anfiteatro de quase 2.000 anos em pista de dança eletrônica. Segundo ele, qualquer evento musical no local precisará ser “cuidadosamente controlado”, priorizando apresentações acústicas, de música clássica ou jazz, capazes de atrair um público tranquilo. “Mencionei artistas que já não tocam rock pesado justamente para evitar aglomerações agitadas”, afirmou.

Os boatos ganharam força após declarações iniciais do diretor sobre o desejo de “trazer mais concertos” ao monumento, acompanhadas por imagens geradas por inteligência artificial que mostravam luzes e equipamentos típicos de festivais eletrônicos. A repercussão gerou críticas de arqueólogos e moradores, preocupados com possíveis danos à estrutura histórica.

Quilici reiterou que a programação cultural deve valorizar o patrimônio e diversificar a experiência dos visitantes. A primeira série de apresentações, ainda sem artistas anunciados, deve ocorrer em até dois anos. Nos últimos 25 anos, o Coliseu recebeu apenas três shows de grande porte: Ray Charles em 2002, Paul McCartney em 2003 e Andrea Bocelli em 2009, todos com público reduzido.

A discussão acontece em meio a debates semelhantes sobre o uso de sítios históricos para eventos musicais, como o processo movido no Egito para limitar shows nas Pirâmides de Gizé. Para Quilici, contudo, o objetivo em Roma é claro: “enriquecer o sítio com arte, sem comprometer sua integridade”.

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