Devo e Kiss: banda revê comparação e almeja sucesso

Luis Fernando Brod
2 minutos de leitura
Devo. Foto: Reprodução.

O baixista Gerald Casale relembrou a época em que um repórter britânico rotulou o Devo como “o Kiss para quem pensa” e contou como, duas décadas depois, passou a ver a frase como elogio.

Em entrevista ao site Gold Derby (via Ultimate Classic Rock), Casale disse ter ficado “ofendido e deprimido” quando Alan Jones, da revista Melody Maker, usou a expressão para criticar os figurinos e a teatralidade do grupo. “Vinte anos depois pensei: gostaria que fosse verdade; significaria que uma banda sem mensagens vazias poderia ser tão grande quanto o Kiss”, afirmou.

O músico já havia comentado o episódio em 2015, quando destacou que gostaria de alcançar o mesmo público dos norte-americanos, mas com a proposta satírica do Devo, em vez de letras sobre “festas, drogas e conquistar garotas”.

Casale também comparou a diferença de investimento entre as duas formações ao tratar de projetos no metaverso. Segundo ele, uma empresa procurou o Devo para criar avatares digitais, porém nenhum patrocinador apareceu. “Com o Kiss, alguém colocou US$ 100 milhões. Para nós, nada”, lamentou, em conversa com o portal With Guitars em 2023.

O baixista reforçou que o grupo de Ohio possui “personagens, narrativas e visão futurista” que se encaixariam bem em um ambiente virtual, enquanto se disse pouco impressionado pelo show de avatares do ABBA em Londres.

Vale lembrar que Paul Stanley e Gene Simmons, fundadores do Kiss, repudiam o consumo de álcool e drogas e atribuem esses hábitos às saídas de Peter Criss e Ace Frehley.

Enquanto qualquer projeto digital não se concretiza, fãs podem assistir ao documentário “Devo” na Netflix e conferir a turnê Cosmic De-Evolution, que divide palcos com os B-52s no outono norte-americano.

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