Documentário Wayne Static recebe apoio público de Jay’e Jones, ex-companheira de quarto de Tera Wray, enquanto Matt Zane mantém planos de lançar o filme mesmo sob ameaça legal das famílias.
Zane anunciou o depoimento de Jones em 18 de dezembro. Ela afirma ter vivido com Tera após a morte de Wayne Static, em 2014, e garante que ambos discutiam “repetidamente” a produção de um longa sobre a vida do casal, escolhendo Zane para conduzir o projeto. Segundo Jones, Tera guardou músicas e gravações pessoais “com a intenção de usá-las no filme” e lhe indicou onde o material estava.
Após o suicídio de Tera, em janeiro de 2016, os pais de Wayne solicitaram todos os itens do músico, que Jones diz ter entregue imediatamente. Ela relata ter informado a família sobre o plano original do documentário. Meses depois, descobriu que Zane havia sido afastado e que o conceito passara por alterações, o que a levou a apoiar a nova iniciativa do diretor. “Não se trata de lados, mas de respeitar os desejos de Wayne e Tera”, escreveu.
As famílias de Wayne Static e Tera Wray rejeitam o filme, classificando-o como exploração de “um capítulo sombrio e trágico” e emitiram carta de cessar-e-desistir. Elas alertam que qualquer uso não autorizado de imagens, músicas ou voz será contestado na Justiça. Também desafiam Zane a entregar gravações inéditas que digam conter a voz de Wayne, rechaçando eventuais recriações por inteligência artificial.
Zane, que lançou campanha de financiamento coletivo, afirma que outras produções não autorizadas sobre o Static-X estão online sem ações judiciais e garante que seguirá adiante: “Se for parar no tribunal, que seja; este filme será feito”. Paralelamente, a banda trabalha em “Evil Disco: The Rise, Fall, and Regeneration of Static-X”, documentário oficial em fase final.
Wayne Static morreu em 1.º de novembro de 2014, vítima de toxicidade por múltiplos medicamentos e álcool. Tera Wray morreu por suicídio em 13 de janeiro de 2016, em Joshua Tree, Califórnia.
