Don’t Stop Believin’: riff ‘bobo’ que salvou o Journey

Luis Fernando Brod
2 minutos de leitura
Neal Schon / Journey. Foto: Rob Loud/Getty Images.

Don’t Stop Believin’ quase seguiu outro caminho até que um riff de guitarra, considerado “bobo” pelo próprio Neal Schon do Journey, definiu o pulso da canção, contou o guitarrista em conversa com Rick Beato (com transcrição da UCR).

Durante as gravações de 1981, os produtores Kevin Elson e Mike Stone pediram a Schon que “tocasse algo estúpido”. Ele respondeu com um ritmo “chunky” (robusto), inspirado no compasso de “Taking Care of Business”, do Bachman-Turner Overdrive. “Quando você o ouve, nem percebe. Mas, se tirar, sente falta”, disse o músico, ressaltando o papel da produção em fazê-lo buscar a ideia.

Lançada no álbum “Escape”, “Don’t Stop Believin’” entrou no Top 10 norte-americano em 1981. Trinta anos depois, tornou-se o arquivo digital mais vendido de todos os tempos, superando sete milhões de downloads em 2012, e, em 2022, foi incluída na coleção permanente da Biblioteca do Congresso dos EUA.

A faixa atravessou décadas na cultura pop: embalou o episódio final de “The Sopranos” em 2007, reapareceu no piloto de “Glee” em 2009 e, desde então, toca no oitavo inning de todos os jogos do San Francisco Giants. Em 2014, o ex-vocalista Steve Perry, torcedor do time, liderou o coro da torcida durante a World Series.

Schon revelou que já sentia o potencial do single: “No estúdio, olhei para os caras e disse: ‘Acho que isso vai ser maior que o disco todo’. Demorou décadas, mas aconteceu”.

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