Espólio de Prince pediu a um juiz federal dos Estados Unidos que arquive a ação de marca registrada movida por Apollonia Kotero, colega do músico em “Purple Rain”.
Em petição entregue na quarta-feira (17), a entidade que administra os bens do artista, a Paisley Park Enterprises (PPE), afirma que jamais ameaçou proibir Kotero de usar o nome artístico que adotou há mais de 40 anos. A cantora processou o espólio em agosto, alegando tentativa de “roubo” da marca “Apollonia” após a PPE ter protocolado pedido de registro para usar o termo em roupas e serviços de entretenimento.
Segundo o gestor L. Londell McMillan, a PPE “nunca exigiu que a autora deixasse de utilizar Apollonia” e apenas buscou coexistir comercialmente. O espólio sustenta que o registro atual da cantora bloqueia a proteção da marca “Apollonia 6”, grupo feminino criado por Prince e liderado por ela na década de 1980.
A defesa do espólio acrescenta que Kotero obteve sua marca durante o “período caótico” que se seguiu à morte de Prince, em 2016, e que pretende anulá-la por entender que o direito pertence ao músico. “Pessoas sem vínculo com as marcas de Prince registraram sinais que, em vida, jamais ousariam reivindicar”, diz o documento.
O advogado de Kotero, Daniel M. Cislo, declarou à revista Billboard que a manobra “é mais um ataque” ao nome de sua cliente e prometeu contestar o pedido de arquivamento nas próximas semanas.
Prince faleceu aos 57 anos, vítima de overdose de fentanil, em 2016.