Eurovision: diretor responde à polêmica da presença de Israel

Luis Fernando Brod
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Eurovision. Crédito: Eurovision Song Contest.

A polêmica com a presença em Israel no Eurovision ganhou novo capítulo depois que o diretor-executivo Martin Green enviou carta aos fãs defendendo a permanência do país no concurso, apesar dos boicotes anunciados.

No texto, divulgado nesta quinta-feira (11), Green reconhece “fortes emoções” ligadas ao conflito no Oriente Médio, mas afirma que o festival só pode “unir pela música” se seguir seu próprio regulamento. Ele prometeu reagir publicamente caso alguma emissora descumpra as regras da União Europeia de Radiodifusão (EBU).

O dirigente também se dirigiu aos cinco países que já deixaram a disputa — Irlanda, Holanda, Eslovênia, Espanha e Islândia — dizendo respeitar as decisões individuais e mantendo as portas abertas para um retorno futuro.

A controvérsia começou em 4 de dezembro, quando 65 % dos delegados da EBU votaram a favor da participação israelense, 23 % foram contra e 10 % se abstiveram. Na ocasião, o presidente de Israel, Isaac Herzog, declarou que o país “merece ser representado em todos os palcos”.

Além das retiradas confirmadas, 11 dos 16 finalistas do Festival da Canção, seletiva portuguesa, ameaçam renunciar caso vençam, o que pode tirar Portugal do evento previsto para 16 de maio em Viena, após a vitória de JJ com “Wasted Love”. Ainda assim, BBC e a alemã SWR confirmaram presença e transmissão.

Para reduzir tensões, a EBU anunciou ajustes de votação: o público terá menos peso, os júris voltam às semifinais e cada país contará com sete jurados, dois a mais que antes.

Green encerrou a mensagem reafirmando o compromisso de manter o festival relevante pelos próximos 70 anos, assegurando que “em um mundo desafiador, podemos de fato ser unidos pela música”.

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