Gene Simmons alerta para riscos da IA na música sem regulação federal

Marcelo Scherer
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Gene Simmons. Crédito: Heather Diehl, Getty Images.

Gene Simmons, baixista e vocalista do KISS, expressou preocupações sobre o impacto da inteligência artificial (IA) na indústria musical durante uma entrevista ao programa “Balance Of Power”, da Bloomberg TV, em 13 de dezembro de 2025.

Ele defendeu a necessidade de uma lei federal nos Estados Unidos para regular o uso de ferramentas de IA que geram músicas, destacando exemplos como uma estrela country fictícia que alcançou o topo de paradas. Para Simmons, sem controles, a tecnologia pode desequilibrar o mercado, incentivando produções baratas em estados com regras mais frouxas.

Simmons argumentou que a regulação deve ser nacional para evitar disparidades regionais. “Se você pode usar IA legalmente em Delaware, onde as empresas pagam menos impostos, por que alguém faria música real em Nova York?”, questionou ele. Ele sugeriu que o governo federal crie uma lei abrangente e que a ONU lidere um acordo global, similar ao que ocorreu com sindicatos e offshoring para a China. Questões como propriedade intelectual, marcas e fluxos de receita precisam de definição clara, segundo o músico.

Essa não é a primeira vez que Simmons aborda o tema. Em julho de 2023, no programa “Piers Morgan Uncensored”, ele já alertava para a falta de legislação, comparando a IA a um novo planeta sem regras. “A IA está aqui, quer você goste ou não. Precisamos de leis que beneficiem a humanidade”, disse na ocasião. Ele mencionou cenários em que a IA usa vozes semelhantes à sua para criar faixas, questionando quem detém os direitos autorais. Recentemente, ao TMZ, Simmons afirmou que a tecnologia é inevitável e que artistas devem se adaptar.

Em 2024, o KISS vendeu seu catálogo musical, imagem e marca para a Pophouse, grupo sueco de entretenimento, em um acordo estimado em mais de US$ 300 milhões pela Bloomberg e Associated Press. A banda segue como uma das mais comercializadas da história, com produtos disponíveis em lojas como Nordstrom, Macy’s e Walmart ao redor do mundo.

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