O guitarrista Glauber Oliveira, conhecido por seu trabalho na banda de metal progressivo Caravellus, iniciou sua carreira solo com o lançamento do single instrumental “LORE”. A faixa marca o primeiro passo de um projeto que prevê lançamentos independentes acompanhados de videoclipes.
Após mais de duas décadas de trajetória musical, o músico pernambucano apresenta sua primeira obra individual. “LORE significa ‘Tradição’, ‘Costumes’… uma palavra perfeita para representar esse momento seminal de minha carreira, como artista solo”, explicou Glauber. Ele define a música como uma síntese de sua essência, que une elementos brasileiros, técnica e uma abordagem universal.
O videoclipe de “LORE” está disponível no YouTube e a música pode ser ouvida nas plataformas digitais.
Mesmo com reconhecimento nacional e internacional pelo Caravellus e passagens pelo Dark Avenger, Glauber Oliveira era frequentemente solicitado pelos fãs para lançar um trabalho individual. Agora, a guitarra assume o papel principal em sua expressão artística. “No meu trabalho solo, eu possuo mais espaço para me expressar como guitarrista. É a guitarra quem canta e cria atmosferas”, detalhou. A proposta é explorar suas diversas influências, que vão do maracatu e da música popular brasileira ao metal progressivo, fusion e jazz.
A gravação, produção e mixagem de “LORE” foram realizadas por Glauber em seu GO Studio. Com experiência como produtor e arranjador em álbuns do cenário do metal nacional, ele cuidou de todos os detalhes da faixa. A masterização foi feita por Jacob Hansen, na Dinamarca, profissional que já trabalhou com nomes como Epica e Volbeat. “Ter a chancela de Hansen é a certeza de que o single chega com qualidade internacional”, afirmou o guitarrista.
O videoclipe de “LORE”, também produzido e dirigido por Glauber, complementa a experiência musical com uma dimensão visual. O vídeo apresenta uma narrativa simbólica que conecta culturas distintas, utilizando elementos como um caboclo de lança do Maracatu e uma camponesa do medievo europeu. “O vídeo traz como elementos centrais um caboclo de lança do Maracatu e uma camponesa do medievo europeu, unindo-os pela simbologia da rosa, das fitas coloridas e da mística. Esse encontro onírico reforça o sincretismo cultural que já está presente na música”, explicou. Sua formação em audiovisual e paixão pelo cinema o levaram a dirigir o clipe pessoalmente.
Musicalmente, “LORE” explora a identidade multifacetada de Glauber. A base rítmica incorpora elementos do maracatu, combinados com o peso de sua guitarra de sete cordas. Teclados com acordes jazzísticos e timbres etéreos dos anos 80 adicionam sofisticação à composição. “Arranjei os teclados com acordes mais sofisticados, só que com timbres oitentistas e etéreos, trazendo muitas vezes uma vibe new age”, disse.
O guitarrista planeja uma série de lançamentos nesse formato, com singles acompanhados de videoclipes. “No futuro, pretendo compilar esse material em um álbum e talvez materializar isso fisicamente. Veremos como estará o mercado à época”, declarou. A intenção é manter sua produção em evidência, explorando diferentes linguagens em cada faixa.
Para Glauber, este lançamento representa a realização de um desejo antigo. “Ao longo desses mais de 20 anos de carreira, sou cobrado pelos fãs a fazer isso. Como sempre assumi grande responsabilidade dentro das bandas que encabecei, nunca me sobrava tempo e espólio criativo para tal feito. Portanto, materializar isso agora me deixa profundamente feliz”, concluiu.
