Após semanas de especulação entre fãs, Hayley Williams trouxe à tona um projeto solo que havia sido lançado e logo retirado da internet.
O material, que circulava sob o nome “Ego”, reapareceu nas plataformas digitais em formato incomum: 17 faixas lançadas individualmente como singles.
Originalmente, as músicas estavam escondidas em um site de visual retrô dos anos 2000, acessível apenas com um código enviado a fãs.
O acesso era condicionado à compra de uma tinta da marca de cosméticos da cantora, a Good Dye Young, chamada justamente de “Ego”. Além das faixas, o site incluía vídeos antigos, rascunhos manuscritos, capturas de tela de conversas e uma camiseta promocional.
Dias depois, todo o conteúdo foi removido e substituído por uma mensagem de despedida: “Obrigado por escutar”. Agora, as músicas chegam oficialmente ao streaming, marcando uma nova fase criativa da vocalista do Paramore, com estética mais fragmentada e introspectiva.
Segundo o site Stereogum, a escolha de publicar as canções separadamente reflete o caráter pessoal e experimental do projeto.
Sem a intermediação de uma gravadora, Hayley compartilha canções que parecem mais íntimas, como fragmentos de uma narrativa emocional em curso.
Entre os destaques estão “Kill Me”, “Zissou”, “Mirtazapine”, “Ice In My OJ” e “True Believer”, já disponíveis em plataformas como Spotify e Deezer.
Embora o novo trabalho dialogue com os discos anteriores — “Petals for Armor” (2020) e “Flowers for Vases / descansos” (2021) —, a abordagem é mais livre.
A sonoridade crua e a ausência de um formato convencional de álbum sublinham a proposta de autonomia criativa que Hayley vem consolidando.
Com esse relançamento, ela encerra um ciclo iniciado de forma oculta e o transforma em um movimento aberto, mas ainda guiado por escolhas pessoais.
Aos poucos, seu trabalho solo ganha uma trajetória paralela à do Paramore, com foco em intimidade, estrutura não linear e narrativa visual própria.