O ex-lutador Hulk Hogan morreu aos 70 anos em Clearwater, na Flórida, após sofrer um infarto agudo do miocárdio.
A causa foi divulgada pelo site Page Six em 31 de julho, uma semana após a confirmação oficial de sua morte.
Segundo a CNN, paramédicos atenderam a um chamado de emergência por parada cardíaca e o levaram a um hospital próximo. O óbito foi declarado na unidade de saúde. Hogan sofria de fibrilação atrial e leucemia linfocítica crônica, segundo registros médicos.
A fibrilação atrial é uma condição de arritmia que aumenta o risco de derrames e outras complicações cardíacas graves. O ex-lutador também convivia com leucemia linfocítica crônica, um tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos do sangue.
Esses fatores, somados, aumentam as chances de eventos cardiovasculares agudos, como o que causou sua morte. Hogan havia passado por diversas cirurgias nos últimos anos, incluindo um procedimento na válvula cardíaca.
Brooke Hogan, filha do ex-lutador, publicou uma homenagem comovente nas redes sociais no início da semana. Ela revelou ter se afastado do pai por dois anos, mas manteve contato com os médicos e acompanhava sua saúde à distância.
“Conhecia o histórico médico dele como um roteiro”, escreveu Brooke. “Sabia o que aquela cirurgia significava.” Segundo ela, o procedimento foi uma tentativa de ganhar tempo, mas não representava uma solução definitiva.
Brooke contou que participou da maioria das cirurgias do pai e tentou convencê-lo a desacelerar e priorizar o descanso.
“Ele não tinha mais nada a provar ao mundo”, disse. “Implorei que cuidasse de si mesmo.”
Ela também comentou que o afastamento entre os dois não foi motivado por conflitos, mas por conversas reservadas e complexas.
“Meu pai me confidenciava questões pessoais e profissionais. Fiz o que pude por ele”, relatou em seu texto.
Figura central do wrestling nos anos 1980 e 1990
Hulk Hogan, cujo nome verdadeiro era Terry Bollea, foi um dos rostos mais conhecidos da luta profissional nos Estados Unidos.
Ganhou fama nos anos 1980 pela WWF (hoje WWE) com bordões e gestos que viraram parte da cultura popular.
Sua imagem esteve ligada ao auge da popularização da luta livre como entretenimento televisivo nos EUA.
Nos anos 2000, voltou aos ringues em participações pontuais e também investiu na televisão e em negócios próprios.
Repercussão e silêncio de antigos colegas de profissão
Até o momento, a WWE e outras figuras do universo da luta profissional ainda não divulgaram homenagens formais.
Hogan manteve-se ativo nas redes sociais até pouco antes do agravamento de sua condição de saúde.
Nos últimos anos, também se posicionou publicamente em temas políticos e foi alvo de controvérsias.
Sua morte marca o fim de uma trajetória que atravessou décadas do entretenimento esportivo norte-americano.