Uma disputa judicial por royalties envolvendo Jimi Hendrix volta à pauta no Tribunal Superior britânico, onde os herdeiros do baixista Noel Redding e do baterista Mitch Mitchell afirmam que os músicos morreram em relativa pobreza enquanto gravadoras seguem lucrando.
A ação movida contra a Sony Music Entertainment UK contesta a divisão de rendimentos dos álbuns “Are You Experienced”, “Axis: Bold as Love” e “Electric Ladyland”. No primeiro dia de audiência, em 9 de dezembro, o advogado Simon Malynicz KC destacou que a formação, ativa entre 1966 e 1970, foi uma das mais populares de sua época, mas que Redding, falecido em 2003, e Mitchell, morto em 2008, foram deixados de fora de pagamentos significativos.
Segundo Malynicz, os representantes legais do espólio de Jimi Hendrix e a gravadora ignoraram direitos autorais e de execução que deveriam ter sido herdados pelas famílias dos músicos. O advogado pediu ao tribunal que “faça justiça à memória” dos integrantes e cumpra a suposta intenção de Hendrix de partilhar ganhos com os colegas.
Em defesa da Sony, o advogado Robert Howe sustentou, por escrito, que os direitos de gravação pertencem aos produtores originais dos discos e lembrou acordos fechados na década de 1970, quando Redding e Mitchell receberam US$ 100 mil e US$ 247,5 mil, respectivamente. A empresa nega qualquer obrigação adicional.
O julgamento prossegue, sem prazo definido para a decisão final.




