O tecladista do Journey, Jonathan Cain, desmentiu as notícias de que teria anunciado sua saída do grupo. As informações foram classificadas como “imprecisas” por um porta-voz do músico.
Os rumores começaram na quinta-feira, 9 de outubro, quando o guitarrista do Journey, Neal Schon, publicou no X (antigo Twitter): “Jonathan Cain anunciou sua despedida do JOURNEY hoje à noite. Ainda não terminei!”. Schon acrescentou que “O JOURNEY tem muito mais vida pela frente! Tenho certeza de que faremos uma ótima turnê!”.
Em resposta a um fã, Schon explicou que Cain supostamente desejava focar em seu “ministério”. Mais tarde, o guitarrista esclareceu que Jonathan continuará em turnê com a banda. “Jon está tocando”, escreveu Schon. “Ele está dizendo que no final de 26-27 ele seguirá em frente. Teremos dois anos maravilhosos.”
Após a repercussão dos comentários de Schon na mídia especializada em rock, o porta-voz de Cain divulgou uma declaração ao BLABBERMOUTH.NET. O comunicado afirma que “Jonathan Cain continua sendo um membro ativo do JOURNEY, e quaisquer relatos sugerindo o contrário são imprecisos. Ele está totalmente dedicado a fazer turnês com a banda nos próximos anos e só expressou planos de se aposentar mais tarde.”
No início desta semana, Cain lançou um novo single solo, “No One Else”, uma homenagem a Charlie Kirk, ativista e influenciador americano de direita. Kirk foi baleado e morto em setembro em um evento universitário em Utah. Jonathan Cain é um cristão devoto e sua esposa, a ministra Paula White-Cain, foi a primeira mulher do clero a orar em uma posse presidencial e atua como conselheira espiritual do ex-presidente Donald Trump. Cain tem explorado a música de temática religiosa, com lançamentos como “What God Wants To Hear” (2016) e o LP de Natal “Unsung Noel” (2017).
Jonathan Cain e Neal Schon têm um histórico de desentendimentos públicos e disputas legais, apesar de continuarem trabalhando juntos em turnês. Em 2022, Schon processou Cain, acusando-o de usar uma conta bancária para gerenciar as finanças do Journey sem seu conhecimento. Em resposta, Cain alegou que o guitarrista não controlava suas despesas e impactava negativamente a saúde financeira do grupo, movendo uma ação de US$ 1 milhão contra ele.
No mesmo ano, Cain tocou o hit “Don’t Stop Believin’”, do Journey, em uma festa na casa do então presidente americano Donald Trump, na Flórida. Schon, por meio de seus advogados, notificou o colega, acusando-o de prejudicar o nome da banda e solicitando que ele não representasse o grupo em eventos políticos.
O tecladista é uma figura próxima a Trump há alguns anos, e sua esposa, a pastora Paula White-Cain, atua como conselheira espiritual do ex-presidente. O músico já utilizou obras da banda em eventos promocionais políticos em outras ocasiões.
