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Jordan Rudess defende o uso de inteligência artificial na música e questiona nome da tecnologia

O debate sobre o uso de inteligência artificial (IA) na música continua a dividir opiniões entre artistas e fãs, mas Jordan Rudess, tecladista do Dream Theater, é enfático ao defender a tecnologia. Em entrevista recente ao site italiano Metal.it, Rudess não apenas expressou apoio à IA, como também destacou suas aplicações inovadoras no campo musical e criticou o próprio termo “inteligência artificial”, que, segundo ele, seria enganoso e limitador. As informações são da Blabbermouth.net.

Rudess mencionou seu envolvimento com a empresa Moises, conhecida por desenvolver ferramentas baseadas em IA para separação de faixas, um recurso que permite isolar elementos individuais de uma música, como vocais, guitarra ou bateria, a partir de um simples arquivo de áudio. “É como ter acesso a todas as faixas individuais. É uma espécie de milagre musical moderno”, afirmou o músico. Ele ressaltou ainda que, além da separação de faixas, a plataforma oferece outras funcionalidades impressionantes, como a alteração de tom e tempo sem comprometer a qualidade sonora, e a exibição precisa de acordes em tempo real.

No entanto, Jordan Rudess acredita que o nome “inteligência artificial” gera preconceito e incompreensão sobre a tecnologia. “Não há nada realmente artificial nisso. Deveríamos voltar no tempo e mudar essa terminologia”, sugeriu, argumentando que o termo desvia a atenção do verdadeiro potencial das ferramentas tecnológicas.

O tecladista também reconheceu as preocupações de artistas e profissionais da música em relação ao uso de suas obras por sistemas de IA, especialmente quanto ao respeito aos direitos autorais. “Essas questões legais precisam ser resolvidas, e isso vai levar tempo”, admitiu. Mesmo assim, Rudess vê mais oportunidades do que ameaças no uso da IA e se dedica a explorar novas formas de expressão musical. “Minha especialidade é pensar em como podemos usar essa tecnologia para criar instrumentos mais expressivos, envolver mais pessoas na música e fazer coisas que nunca foram possíveis antes.”

Atualmente, Rudess está colaborando com o MIT Center for Art, Science & Technology, onde trabalha com especialistas na busca de aplicações criativas e educacionais para a inteligência artificial na música. Para ele, a tecnologia, quando bem direcionada, pode ampliar os horizontes da criação musical e proporcionar novas formas de interação artística. “Estou animado com o trabalho que estou fazendo lá. Há algumas mentes brilhantes pensando de maneiras positivas sobre como usar essa tecnologia para fazer coisas incríveis, benéficas e divertidas.”

Com uma visão otimista, Rudess se posiciona como um defensor do uso consciente e inovador da IA na música, buscando sempre integrar o avanço tecnológico à criatividade humana. Seu entusiasmo reflete o potencial transformador da tecnologia e abre caminho para novas discussões sobre o futuro da música no mundo digital.

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