Quase três décadas após o fim do Kyuss, Josh Homme voltou a comentar publicamente a possibilidade de uma reunião. A declaração aconteceu em entrevista ao canal Kyuss World, cinco anos após seu último comentário sobre o assunto.
Na conversa, o músico relembrou os conflitos que encerraram o projeto Kyuss Lives!, criado por ex-integrantes em 2010. Apesar das divergências, Homme se mostrou menos resistente à ideia de um reencontro do grupo no futuro.
O Kyuss foi oficialmente encerrado em 1995, após deixar um catálogo influente no chamado desert rock da Califórnia. Formado nos anos 1980, o grupo contava com John Garcia nos vocais e Josh Homme na guitarra.
Em 2010, Garcia, Brant Bjork (bateria) e Nick Oliveri (baixo) anunciaram o retorno sob o nome Kyuss Lives!. Josh Homme e o baixista Scott Reeder, ausentes da nova formação, não participaram das atividades. Dois anos depois, Homme e Reeder moveram uma ação judicial contra os ex-colegas, alegando uso indevido da marca. A decisão impediu o grupo de se apresentar com o nome original e encerrou a turnê em 2012.
Durante anos, Josh Homme evitou qualquer envolvimento direto com reuniões ou projetos nostálgicos do Kyuss. Mesmo assim, declarou em 2020 que havia apoiado o Kyuss Lives! no início e chegou a assistir a shows da turnê.
Em entrevista à Rolling Stone na época, o guitarrista explicou que seu incômodo foi com a tentativa de registrar a marca. “Isso foi terrível”, afirmou, ao se referir à ação de Brant Bjork e John Garcia para controlar o nome Kyuss. Ainda assim, Homme deixou claro que sua filosofia sempre foi evitar reuniões e continuações. “Não é o que foi; é o que é”, disse à revista, sobre seu pensamento em relação ao passado.
Agora em 2025, Homme admitiu que pensa na ideia de reunião com frequência, embora não tenha planos concretos. “Já falei sobre isso com pessoas próximas. É algo que eu penso bastante”, afirmou ao Kyuss World.
Ele destacou que o fim da banda ocorreu de forma adequada e que guarda carinho pela história do grupo. Ao mesmo tempo, reconhece o desejo de acertar pendências emocionais deixadas pela separação conturbada. “Não faz sentido manter nada negativo. Não tenho ressentimentos por ninguém”, declarou durante a entrevista. “Então, sim, é possível”, completou, sem confirmar se há conversas em andamento entre os ex-membros.
Após o fim da banda, Josh Homme fundou o Queens of the Stone Age, que alcançou sucesso comercial e crítico. Brant Bjork seguiu em carreira solo, lançando álbuns com regularidade, enquanto John Garcia integrou outros projetos. O Kyuss se tornou uma referência no stoner rock e teve influência notável em bandas do gênero. Mesmo com breve retorno como Kyuss Lives!, o grupo original nunca voltou a se reunir oficialmente.
As falas de Josh Homme reacendem especulações entre fãs, mas ainda não há sinal de reconciliação completa. Por ora, a história do Kyuss permanece encerrada, ainda que aberta a reinterpretações no futuro.