Just Mustard afirma que a experiência de abrir os shows do The Cure em estádios da América do Sul, em 2023, foi decisiva para o som do novo álbum “We Were Just Here”, lançado em 24 de outubro de 2025.
A vocalista Katie Ball contou ao NME que a banda irlandesa buscou composições “mais dançantes e melodicamente diretas” depois de testemunhar 60 mil pessoas cantando não só letras, mas também guitarras e linhas de baixo do grupo de Robert Smith. “Eu queria me livrar do peso que carregava e ser alguém mais leve”, disse.
O guitarrista David Noonan reforçou que a convivência com o The Cure mostrou a força de ganchos melódicos em todos os instrumentos. “Víamos o público cantar até as partes de bateria”, lembrou, destacando o “envolvimento total” de Smith na produção dos próprios shows—e os e-mails “em caixa alta, sempre bem-humorados” que recebiam do ídolo.
Produzido pelo indicado ao Grammy David Wrench, conhecido por trabalhos com FKA Twigs e The xx, o terceiro disco mantém a tensão característica do quinteto noise-rock, mas aponta para uma atmosfera mais luminosa. Segundo Noonan, a diferença é que “desta vez a luz puxa o ouvinte para fora da escuridão, em vez de ser sugada por ela”. Nos arranjos, as guitarras ganharam fuzz “gritando” e mais espaço, reforçando a intenção de criar músicas que façam o público se mover.
Depois da estreia, o grupo volta a acompanhar o The Cure em apresentações ao ar livre no Reino Unido e Europa no verão de 2026, antes de iniciar turnê própria que inclui datas em Estocolmo, Paris, Londres e Dublin.



