Leonardo DiCaprio critica música AI por falta de alma

Luis Fernando Brod
2 minutos de leitura
Leonardo DiCaprio. Crédito: Antony Jones/Getty Images.

Leonardo DiCaprio critica música AI ao afirmar que criações geradas por algoritmos, por mais “brilhantes” que pareçam, desaparecem rapidamente entre outros “lixos da internet”.

Em entrevista à revista Time, após ser eleito “Entertainer of the Year”, o ator declarou que a tecnologia só tem valor artístico quando serve a ideias humanas. “Qualquer coisa que se pretenda arte de verdade precisa vir do ser humano”, disse.

DiCaprio reconheceu que a inteligência artificial pode funcionar como ferramenta de apoio para novos cineastas, permitindo recursos visuais inéditos. No entanto, ao citar músicas produzidas por IA, exemplificou a fragilidade do resultado: “Você ouve um mashup incrível, como Michael Jackson cantando The Weeknd ou o groove de ‘Bonita Applebum’ do A Tribe Called Quest na voz de Al Green. Você pensa ‘Uau!’, mas depois de 15 minutos aquilo se perde no éter.”

A opinião do ator ecoa o debate crescente sobre tecnologia generativa no entretenimento. Em julho, a Deezer revelou que 28% das faixas adicionadas à plataforma eram totalmente criadas por algoritmos. Nas últimas semanas, o selo de Jorja Smith contestou uma canção que clonava a voz da artista, e a campanha “Spotify Unwrapped” pediu boicote ao serviço de streaming por questões ligadas a IA.

No cinema, nomes como James Cameron e Jenna Ortega também manifestaram receios de que softwares substituam processos criativos humanos. DiCaprio, conhecido por “Inception” e “O Regresso”, reforça essa posição ao destacar que a permanência da arte depende de “ancoragem” emocional, algo que, segundo ele, as máquinas ainda não conseguem replicar.

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