A banda curitibana Magistry apresenta seu novo EP “Venus Mellifera”, lançado menos de seis meses após o álbum de estreia “The New Aeon”. O trabalho conceitual traz seis faixas distribuídas em pouco mais de quarenta minutos, explorando uma sonoridade que evolui a proposta do grupo ao combinar gothic e doom metal com uma abordagem mais acessível.
O conceito do EP se inspira nos epítetos de Afrodite, apresentando um lado mais poético do grupo. Segundo Thiago Parpineli, tecladista e responsável pela capa, a arte faz alusão à letra da faixa-título: “é como se fosse uma imersão dentro da letra da música, como se o EP todo fosse um passeio nesse campo florido, conhecendo e experimentando vários tipos de amor no decorrer dele”.
As seis composições dividem-se entre diferentes perspectivas. “Divine”, “Frozen Heart Fades” e “Marry Me at the Sea”, compostas por João Borth, exploram temáticas ligadas à busca por prazer. “Venus Mellifera”, de Thiago Parpineli, reverencia a deusa do amor, fertilidade e beleza. “Me, the Moon and Venus”, assinada por Johan Wodzynski, traz aspectos niilistas. O encerramento é um remix da faixa-título feito em parceria com o artista Babalon, que tocou todas as percussões e incorpora elementos da antiga música mediterrânea.
Instrumentalmente, o EP mantém a excelência presente nos lançamentos anteriores da Magistry, mas com abordagem diferenciada. Apesar de preservar marcas do metal pesado — backing vocals guturais, riffs contundentes e blast-beats — a sonoridade apresenta atmosfera palatável e altamente envolvente. As canções carregam tom épico e cadenciado, permitindo que as melodias ganhem protagonismo e transportem o ouvinte para outros cenários.
A utilização de saxofones, trombones e trompetes adiciona texturas sonoras únicas ao trabalho, solidificando a Magistry como um dos nomes mais criativos e autorais da nova geração do metal brasileiro.
Ouça abaixo o EP “Venus Mellifera” da Magistry
