O grupo de Bristol solicitou à Universal Music Group a retirada de todo o seu catálogo do serviço de streaming, somando-se a uma onda de protestos de artistas contra a plataforma.
O pedido foi divulgado nesta quinta-feira (18) nas redes sociais da banda. Com mais de oito milhões de ouvintes mensais, o Massive Attack justificou a decisão em duas frentes. Primeiro, aderiu à campanha No Music For Genocide, que reúne cerca de 400 artistas e busca bloquear o acesso a músicas em território israelense. Segundo, tomou posição global contra o Spotify após vir à tona o aporte de 600 milhões de euros feito pelo CEO Daniel Ek na Helsing, startup europeia que desenvolve tecnologia militar baseada em inteligência artificial para drones, aeronaves e submarinos.
“O peso econômico que já recaía sobre os artistas agora soma um fardo moral e ético”, afirmou o trio em nota, acrescentando que o dinheiro dos assinantes estaria “financiando tecnologias letais e distópicas”. A banda finalizou o comunicado com a frase: “Enough is more than enough. Another way is possible”.
Desde julho, nomes como King Gizzard and the Lizard Wizard, Godspeed You! Black Emperor, Deerhoof, Hotline TNT e Cindy Lee já retiraram suas obras do serviço pelos mesmos motivos. Procurada após o anúncio, a Helsing declarou que seus sistemas “são empregados apenas por países europeus para defesa contra a agressão russa na Ucrânia”.
Até o fechamento desta matéria, as faixas do Massive Attack ainda estavam disponíveis no Spotify.
