Kenneth Colley, ator britânico conhecido por seus papéis no cinema e na televisão, morreu aos 87 anos em Kent, na Inglaterra. Ele faleceu no dia 30 de junho, após contrair Covid-19 durante uma internação hospitalar. A doença evoluiu para um quadro de pneumonia.
Colley havia sido hospitalizado após sofrer uma queda que resultou em uma lesão no braço. A confirmação da morte veio por meio de seu agente, Julian Owen. “Ken Colley foi um dos nossos maiores atores de personagens, com uma carreira que se estendeu por 60 anos”, declarou Owen à BBC.
Nascido em 1937, Colley tornou-se conhecido por sua atuação em dois universos muito distintos: o da sátira religiosa e o da ficção científica. No filme “A vida de Brian” (1979), do grupo Monty Python, interpretou Jesus Cristo em uma breve, porém marcante aparição. Pouco tempo depois, foi escalado para a saga “Star Wars”, como o almirante Piett. Seu personagem apareceu pela primeira vez em “O império contra-ataca” (1980).
Ele permaneceu no papel em “O retorno de Jedi” (1983), sendo um dos poucos oficiais imperiais a sobreviver por mais de um filme. A carreira de Colley começou no teatro, e se estendeu por produções variadas ao longo das décadas. Na televisão britânica, participou de adaptações da BBC para obras de Shakespeare, incluindo “Medida por medida”, em que viveu o Duque de Viena.
No cinema, teve papéis em filmes dirigidos por Ken Russell, como “The rainbow” (1989), conhecido por sua abordagem visual intensa e personagens excêntricos. Mesmo sem protagonizar grandes sucessos comerciais, construiu uma reputação sólida como ator versátil e comprometido. Colley manteve uma vida pessoal reservada. Raramente concedia entrevistas ou fazia aparições públicas fora do contexto profissional.
Apesar disso, era presença frequente em convenções dedicadas a “Star Wars”, onde era tratado com carinho pelos fãs. Seu trabalho como almirante Piett, embora coadjuvante, ganhou notoriedade ao longo dos anos, sendo frequentemente lembrado em listas de personagens marcantes da saga.
Sua morte encerra uma trajetória marcada pela consistência e pela dedicação ao ofício de atuar.
