Os rumores sobre uma possível reunião do The Smiths voltaram a ganhar força em 2024, reacendendo velhas polêmicas.
Apesar de não se concretizarem, as especulações trouxeram à tona o conturbado relacionamento entre Morrissey e Johnny Marr, principais integrantes da banda.
Em entrevista publicada na plataforma Medium, Morrissey compartilhou detalhes sobre sua disposição em aceitar uma proposta de turnê.
“Eu aceitei porque senti que seria a última vez que algo assim seria possível”, afirmou Morrissey. Ele explicou que sua motivação estava em agradecer aos fãs que acompanharam o grupo desde os anos 1980. No entanto, ele destacou que sua decisão não tinha relação emocional com Marr, com quem afirmou não ter qualquer vínculo.
O vocalista também foi incisivo ao descrever sua percepção do ex-colega de banda. “Ele parece ser tão inseguro e temeroso quanto era nos anos 1980”, comentou. Morrissey acusou Marr de se beneficiar da atenção da mídia ao se posicionar como o “guardião do The Smiths” e de evitar um reencontro para manter essa imagem.
“Ele faz as pessoas escolherem entre mim e ele, e já tive o suficiente dessas críticas”, declarou Morrissey, que diz ter tolerado os comentários de Marr por mais de três décadas. A polêmica se estende para além da turnê. Segundo Morrissey, Marr teria impedido relançamentos de álbuns do The Smiths e adquirido direitos sobre o nome da banda sem seu conhecimento. Marr, por sua vez, nega essas acusações.
Ainda na entrevista, Morrissey direcionou críticas à cultura do cancelamento e ao cancelamento de seu álbum inédito “Bonfire of Teenagers”. Ele responsabilizou sua antiga gravadora pela decisão e criticou veículos como o The Guardian. Para o cantor, “ser cancelado é a versão moderna do linchamento”.
O The Smiths, formado em 1982, marcou a música com hits como “There Is a Light That Never Goes Out” e “How Soon Is Now?”. A banda encerrou suas atividades em 1987, mas a relação conflituosa entre seus integrantes segue chamando a atenção de fãs e da imprensa.
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