A morte de Kirsty MacColl voltou ao centro do debate após o produtor Steve Lillywhite, ex-marido da cantora, afirmar que as autoridades mexicanas encobriram o caso para proteger um bilionário local.
MacColl morreu em 18 de dezembro de 2000, durante férias em Cozumel, México. Ela mergulhava em uma área restrita quando um barco de 9,5 metros avançou em alta velocidade. A artista empurrou os dois filhos para fora da rota da embarcação, mas foi atingida e não resistiu.
O barco pertencia ao empresário Guillermo González Nova, então um dos homens mais ricos do país. Embora testemunhas alegassem ter visto Nova ao leme, o funcionário José Cen Yam declarou ser o condutor e acabou condenado por homicídio culposo em 2003. A punição se limitou a uma multa equivalente a 61 dólares, sem prisão.
Em entrevista ao jornal The Sun, Lillywhite disse que a versão oficial nunca convenceu a família: “Disseram que era um jovem que pilotava, mas ninguém acredita. Evitaram um grande processo porque o dono era muito poderoso”.
A mãe da cantora, Jean Newlove, liderou a campanha Justice for Kirsty até 2009, ano da morte de Nova. Ela faleceu em 2017 sem ver mudanças no veredicto. Para Louis, filho de MacColl, o movimento ao menos alertou outros turistas, “mas faltou responsabilização”.
Lillywhite, que produziu “Fairytale of New York”, concluiu que o período natalino se tornou ambíguo: “A música traz alegria, mas lembra o que aconteceu”.




