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Musical Talismã, A Modernidade do Brega

Sabe aquela música que você tem guardada no cantinho do seu coração? Uma memória que vem junto com um chiadinho de rádio AM e que, se puxar por um fiapo, vem toda a letra e melodia?

O Musical Talismã foi criado para trazer à tona essas lembranças, como se encontrássemos roupas antigas em um brechó, que longe de serem conservadoras, lembrassem-nos de antigos afetos, risadas e, por que não, reflexões.

A banda é um tributo à Música Popular BregaBrasileira, que fazia sucesso nas rádios, vendia muitos LPs e permitia que as gravadoras pudessem investir nos artistas que hoje são considerados a “nata” da MPB.

Sem a música de Evaldo Braga, a Pós Jovem Guarda de Paulo Sérgio, a consciência de classe de Odair José, a emoção de Diana ou ainda a ousadia de Agnaldo Timóteo, a história seria outra.

Já com isso na cabeça, os amigos Álvaro Balaca e Marcelo Cougo descobriram juntos o livro “Eu Não Sou Cachorro Não”, do jornalista Paulo Sérgio de Araújo.

A obra se aprofunda no estudo dos artistas de origem popular, que fizeram músicas com estética para o povo mais simples de nosso país. “Não dá mais para dissimular ou esconder. A produção musical ‘brega’ ou ‘cafona’ é um fato da nossa realidade cultural e, assim como a da bossa nova ou a do tropicalismo, precisa ser pesquisada e analisada.” Escreve Paulo Sergio de Araújo em trecho do livro.

“Foi aí que deu aquela vontade de mexer e relembrar os tempos em que ouvíamos rádios como Caiçara ou a Itaí AM, que embalavam nossa infância e adolescência”, diz Balaca.

“Tudo isso faz parte do imaginário de uma geração que, no decorrer dos anos, moldou o que se denomina hoje em dia de Música Brega”, complementa Marcelo.

Assim, Álvaro Balaca (vocal) e Marcelo Cougo (Baixo e Violão) se juntaram a Rodrigo Rodrigowski (Guitarra e Violão 12) e Alex Becker (Bateria) e tiraram desse brechó musical obras dos anos 60, 70 e 80 e as transformaram, com roupagens despojadas, em músicas atuais. É incrível conferir o quanto de influência esse rico cancioneiro brega tem na cultura brasileira com jóias como “Ainda queima a esperança”, “Tudo passará”, “Fuscão Preto”, “Aparências”, “A Desconhecida”, e muitas outras. Para todo mundo cantar junto sem medo de ser feliz!

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