“RUMO” é o nome do primeiro EP solo do cantor, compositor e multi-instrumentista natural de Manaus, Amazonas (BR), e integrante da banda Batuc Banzeiro, com a qual lançou os EPs “Batuc Banzeiro” e “Calor de Sombra e Sol”, trabalhos que estabelecem um diálogo entre as sonoridades populares da Amazônia e elementos do rock alternativo, destacando-se pela originalidade e identidade musical.
Com quatro faixas que mais parecem um convite para uma viagem a um estado contemplativo (Aos Avós, Xote do Desapego, Silêncio e Pro Interior) ‘RUMO’, de natureza estética profunda, é um mergulho nas memórias, afetos, raízes, sons e silêncios do artista, que lê o mundo através da escrita, e possui uma ligação forte com a palavra, com os processos meditativos da existência e do cultivo à música, à poesia e à espiritualidade.
Segundo o artista, a obra marca uma nova etapa em sua produção, unindo influências da canção brasileira contemporânea a paisagens sonoras que evocam questões existenciais e aspectos sensoriais do cotidiano.
Sobre a concepção do EP, Nando explica:“RUMO me remete à busca, ao impulso de seguir numa direção. Ao mesmo tempo que há um mistério, “Rumo” carrega incerteza do que se pode encontrar. Esse nome fala muito sobre o processo de construção desse EP, havia uma direção inicial e a partir disso fomos descobrindo e criando a partir da nossa intuição, do que nos animava durante o caminho. E também há essa ligação com minha alma cigana, já faz alguns anos que vivo em trânsito, buscando meu rumo, aprendendo com o caminho”.
E continua…
“Essas músicas foram compostas em momentos diferentes da minha caminhada, inicialmente as reuni pela vontade de dar a elas um arranjo, são canções que retratam processos diferentes mas se conectam por uma postura que busco adotar, de contemplação, de presença e de aprendizado”.
Curiosidades musicais
Segundo Nando, durante o processo de composição do EP, alguns elementos não convencionais como sacolas plásticas, tigelas de porcelana, pregos, água, a respiração, cuias, folhas de papel, foram transformados em instrumentos musicais, como forma ou intenção subjetiva de chamar atenção das pessoas à poesia do cotidiano, a esse olhar que vê a poesia até nas coisas mais simples.
Convidados pra lá de especiais na gravação: João Paulo Ribeiro & Neil Armstrong Jr
“Foi um privilégio poder trabalhar com o Neil e com o João Paulo Ribeiro, ambos acrescentaram demais às composições. Neil arranjou e gravou o violão de duas canções e nos conectamos bastante, logo ele captou o que estávamos buscando e entregou mais. JP é um mestre da percussão amazônica, gravou seus bio-instrumentos em Aos Avós e fez a música transcender, foi mágico.” Compartilha Nando.
A produção musical ficou por conta de Lucas Cajuhy. Músico e produtor musical:
“Lucas é um parceiro que toca comigo há muito tempo, participou da produção dos dois EPs do Batuc Banzeiro (o grupo que eu faço parte) e desde que comecei a pensar no meu primeiro EP ele era a pessoa que queria que estivesse comigo porque sabia que ele entenderia onde eu queria chegar em termos de sonoridade. Lucas é uma mente muito criativa, RUMO é obra nossa. Além disso, ele também tem produzido vários nomes da música manauara como Uma Póvoas, Elisa Maia, Jambu e muitos outros artistas e bandas”. Ressalta o cantor.