Na manhã desta quarta-feira, 30 de julho, milhares de pessoas tomaram as ruas de Birmingham para se despedir de Ozzy Osbourne.
O cortejo fúnebre percorreu pontos centrais da cidade, com uma parada simbólica no banco dedicado ao Black Sabbath. Familiares acompanharam o trajeto em carros escuros, enquanto fãs se espalhavam pelas calçadas, postes e sacadas.
Alguns seguravam flores, outros fotografavam em silêncio. Muitos apenas observavam em respeito, com cartazes e camisas da banda. A procissão passou pela tradicional O’Neill’s, bar conhecido no centro, antes de ser conduzida por uma fanfarra local.
A banda Bostin Brass liderou a homenagem, com músicos vestidos de branco e preto, usando o nome de Ozzy nas costas. No percurso, executaram versões de “Iron Man” e “Crazy Train”, em arranjos com metais, com variações em clima de marcha.
O caixão roxo pôde ser visto por entre as janelas de um dos veículos, enquanto a família descia em frente ao banco memorial. O local, dedicado ao Black Sabbath desde 2019, foi cercado por flores, bilhetes e objetos deixados pelos fãs desde a madrugada.
Um cartaz com a foto de Ozzy e a frase “Forever Birmingham Will Always Love You” ganhou destaque ao lado do banco. Ao chegar, Jack Osbourne, visivelmente emocionado, foi o primeiro a sair, seguido por sua irmã Kelly e pela mãe Sharon.
Kelly usava óculos semelhantes aos do pai, enquanto ajudava Sharon a caminhar até o banco cercado por admiradores. Sid Wilson, do Slipknot, acompanhava a família segurando Sidney, neto de Ozzy e filho de Kelly, em meio ao luto coletivo.
Juntos, os familiares depositaram rosas negras no banco. O público respondeu com aplausos e gritos de “Ozzy, Ozzy, Ozzy, oi, oi, oi”. Além de Jack, Kelly, Sharon, Aimee e Louis, nenhum outro artista do rock ou do metal foi visto durante o cortejo.
A escolha por uma cerimônia reservada reforçou o caráter íntimo da despedida, mesmo diante da comoção pública. Ozzy, nascido em Aston, região norte de Birmingham, sempre manteve laços fortes com sua cidade natal, apesar da carreira internacional.
O banco do Black Sabbath, inaugurado como parte de um projeto cultural, tornou-se símbolo permanente da conexão entre banda e cidade.
A morte do músico, embora esperada por problemas de saúde crônicos, mobilizou fãs de diferentes gerações ao redor do mundo.
O tom da cerimônia foi de respeito e celebração, com música, memória e um último adeus a um dos filhos mais notórios da cidade.




