O aumento nas audições de Black Sabbath após a morte de Ozzy Osbourne

Luis Fernando Brod
3 minutos de leitura
Ozzy Osbourne. Foto: Mark Weiss/Divulgação.

A morte de Ozzy Osbourne, anunciada por sua família na última semana, teve repercussão imediata nas plataformas de streaming.

Em poucos dias, clássicos como “Paranoid” e “Crazy Train” dispararam em audições. O interesse reacendeu a discografia do artista.

Segundo a Spotify, “Crazy Train”, lançada em 1980 no primeiro disco solo de Ozzy, teve 8 milhões de execuções adicionais. “Paranoid”, do Black Sabbath, superou os 9,3 milhões de novas reproduções. “No More Tears” também cresceu, com 7 milhões a mais.

As músicas voltaram a aparecer entre as mais ouvidas do mundo. A base de ouvintes mensais também sofreu uma forte expansão. Ozzy somou mais de 6 milhões de novos ouvintes mensais em sua carreira solo. O Black Sabbath, cerca de 4 milhões.

O comportamento reflete um padrão comum após a morte de artistas influentes. O público busca reviver a obra imediatamente. A presença de Ozzy nas redes sociais e na televisão também colaborou para manter seu nome em evidência por décadas.

Ele morreu aos 76 anos, em casa, segundo nota divulgada por Sharon Osbourne, sua esposa, e por membros da família. Poucas semanas antes, Ozzy havia feito seu último show, em Birmingham, na Inglaterra, sua cidade natal.

O concerto funcionou como uma despedida simbólica. Foi um dos raros momentos em que o artista voltou aos palcos nos últimos anos. Ozzy enfrentava sérios problemas de saúde desde o início da década. Entre eles, complicações na coluna e doença de Parkinson.

Sua saída definitiva dos palcos foi anunciada ainda em 2023, após várias tentativas de retorno à estrada. O aumento nas audições demonstra como sua obra ainda possui força entre diferentes gerações de ouvintes. Além disso, reflete o valor histórico da discografia do Black Sabbath, sobretudo os discos gravados entre 1970 e 1978.

O período inclui álbuns como “Black Sabbath”, “Master of Reality”, “Vol. 4” e “Sabotage”, tidos como referências do heavy metal. A carreira solo de Ozzy também se manteve relevante. Álbuns como “Blizzard of Ozz” e “Diary of a Madman” seguem influentes.

O crescimento do streaming após a morte de artistas é uma tendência documentada nos últimos anos. Segundo a Billboard, casos como os de David Bowie, Prince e Tom Petty também apresentaram saltos expressivos. A despedida de Ozzy, no entanto, foi marcada por uma espécie de reconexão coletiva.

Fãs antigos, novos ouvintes e até curiosos redescobriram em poucos dias o valor musical que ele construiu ao longo de décadas. As músicas tocadas nos últimos dias — entre homenagens, posts e playlists — mostram que seu repertório segue vivo.

A morte de Ozzy Osbourne encerra uma etapa da história do rock pesado. Mas seu som continuará circulando, agora mais do que nunca.

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