Ozzy Osbourne relata no livro a melhor ‘droga’ da vida

Luis Fernando Brod
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Ozzy Osbourne. Foto: Ross Halfin, Getty Images.

Ozzy Osbourne revela em “Last Rites”, obra finalizada pouco antes de sua morte aos 76 anos, que o palco foi “a melhor droga” que já provou.

No trecho antecipado pelo jornal The Times (via UCR), o ex-vocalista do Black Sabbath descreve o último show, realizado em Birmingham, três semanas antes de falecer. Sentado em um trono projetado para contornar problemas de mobilidade, ele se emocionou ao interpretar “Mama, I’m Coming Home” diante de 42 mil pessoas, enquanto outros 5,8 milhões o acompanhavam on-line.

Osbourne conta que, apesar da incerteza sobre a voz, esqueceu o nervosismo quando o pano subiu. “Nunca tinha percebido que tanta gente gostava de mim”, escreve. O público percebeu sua dificuldade e passou a cantar os versos, gesto que o artista classifica como determinante para terminar a apresentação.

O músico também comemora o reencontro com os integrantes originais do Sabbath e a presença da equipe técnica dos primeiros anos de carreira, chamando o ambiente de “experiência em família”. Ele menciona a ideia, descartada, de fazer o trono voar sobre o palco e lançar água na plateia: “Com a minha sorte, teria caído”, ironiza.

O show, ocorrido após seis anos de tratamentos que limitaram sua locomoção desde 2019, tornou-se, nas palavras do cantor, o “melhor remédio” desde o início dos problemas de saúde. “Passei a vida inteira buscando a sensação de estar ali em cima, ouvindo quarenta ou cinquenta mil vozes cantando suas palavras”, diz. “Foi o que persegui em todas as substâncias.”

“Last Rites” será lançado em 7 de outubro pela Hachette e traz reflexões sobre a carreira, as lutas contra dependência química e o valor que Ozzy atribuía à conexão com o público. Para ele, subir ao palco, rodeado por amigos e fãs, resumiu décadas de busca por um estado de euforia que nenhuma droga conseguiu igualar.

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