O intervalo de cinco anos entre “Obsidian” (2020) e “Ascension” (previsto para 2025) se deve, segundo o guitarrista Gregor Mackintosh, a um radical reinício no processo de composição.
Em entrevista à revista New Noise, Mackintosh (via Metal Injection) contou que chegou a compor seis ou sete faixas logo após “Obsidian”, mas rejeitou todo o material. “Era a vibração errada”, afirmou, explicando que a decisão levou o grupo a “voltar ao ponto zero” e refletir novamente sobre o próprio nome retirado do livro “Paradise Lost”.
Depois de um ano na estrada, o músico retomou as ideias com olhar renovado. O gatilho para a mudança veio da regravação de “Icon” (1993), projeto paralelo que alterou sua percepção sobre guitarra e escrita. “Não percebia o quanto meu estilo havia mudado ao longo dos anos”, disse, destacando que revisitá-lo ajudou a definir a direção sombria de “Ascension”.
Com as novas composições finalizadas, o quinteto britânico programa uma extensa turnê europeia que começa em 20 de setembro, em Sheffield, e passa por cidades como Londres, Paris, Colônia, Praga e Viena, encerrando em 13 de dezembro, em Bradford. Nomes das casas incluem Rough Trade East, Rockhal e Backstage Werk.
“Ascension” marca a 17ª obra de estúdio do Paradise Lost e, de acordo com Mackintosh, reconecta a banda às raízes sem repetir fórmulas. O lançamento está previsto para o primeiro semestre de 2025.