Paul McCartney pediu que a COP30 adote um cardápio totalmente vegetariano, contestando a decisão de servir carne durante a conferência que começa hoje em Belém e vai até 21 de novembro.
Em carta aberta enviada ao presidente da COP30, André Corrêa do Lago, o ex-Beatle defende que uma mudança no menu reduziria a pegada de carbono do encontro e mostraria coerência entre discurso e prática. “Servir carne em uma cúpula climática é como distribuir cigarros em um congresso de prevenção ao câncer”, escreveu.
Ativista dos direitos dos animais e vegetariano de longa data, McCartney lembrou que o evento ocorrerá na “porta de entrada da Amazônia”, região vital para a regulação climática global. Segundo ele, 80% do desmatamento da floresta está ligado à pecuária, agravado por queimadas destinadas à abertura de pastagens.
O músico mostrou surpresa ao saber que apenas 40% das refeições previstas são à base de plantas. Citando dados do próprio site da conferência, reforçou que pratos vegetais têm pegada de carbono muito menor e instou os organizadores a “dar o exemplo que o mundo espera”.
McCartney colabora com a PETA desde 1999 e, em 2022, uniu-se à entidade para reivindicar a soltura de um elefante maltratado na Índia. Agora, o artista espera que sua nova campanha influencie líderes globais reunidos na COP30.
Align the menu with the mission! Concerned by the @UN’s Climate Change Conference’s hypocritical plans to serve planet-killing meat, Sir @PaulMcCartney wrote a letter to #COP30 organizers. pic.twitter.com/HWcLvMFvjO
— PETA (@peta) November 5, 2025




