Pras Michel condenado a 14 anos de prisão por participação em um esquema de lavagem de dinheiro que desviou bilhões do fundo soberano malaio 1MDB.
O cofundador do Fugees foi sentenciado por um tribunal federal dos Estados Unidos nesta semana. O caso envolve o empresário malásio Low Taek Jho, conhecido como Jho Low, acusado de desviar US$ 4,5 bilhões do 1Malaysia Development Berhad. De acordo com a acusação, Michel atuou a serviço de Low sem registrar-se sob a Lei de Registro de Agentes Estrangeiros, canalizando recursos para influenciar presidências dos EUA.
As investigações apontam que o rapper repassou milhões à campanha de reeleição de Barack Obama em 2012 por meio de doadores de fachada e, anos depois, pressionou a administração de Donald Trump para que o Departamento de Justiça encerrasse o inquérito sobre o 1MDB. Em troca, teria recebido pagamentos milionários.
Em abril de 2023, Michel foi considerado culpado em dez acusações federais, entre elas lavagem de dinheiro, adulteração de testemunhas, falsas declarações bancárias, lobby ilegal e violações de financiamento de campanha. Ele também deverá devolver mais de US$ 64 milhões e cumprirá três anos de liberdade vigiada após o período na prisão.
Antes da sentença, o músico recusou um acordo que previa 16 meses de detenção em troca de admitir obstrução de justiça e infração menor da lei de agentes estrangeiros. A situação judicial forçou o cancelamento da turnê de reunião dos Fugees em 2021, embora o grupo tenha feito apresentações pontuais em 2023.
O julgamento contou com depoimentos de figuras como Leonardo DiCaprio, que relatou o uso de recursos do 1MDB para financiar o filme “The Wolf of Wall Street”. Jho Low nega qualquer irregularidade e segue foragido.



