Revenda de ingressos acima do valor original será criminalizada no Reino Unido, segundo plano que o governo deve detalhar amanhã, 19 de novembro.
A proposta, antecipada pelo jornal The Guardian, proíbe a revenda de bilhetes de shows por qualquer quantia superior ao preço de face. A medida encerra discussões internas que cogitavam permitir margem de 30%, mas que foram descartadas após consulta pública concluída este ano.
Com a nova lei, não apenas cambistas individuais, mas também plataformas de revenda, como StubHub e Viagogo, ficarão sujeitas a sanções. Essas empresas já estão sob investigação da Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA), que abriu processo nesta terça-feira, 18, para verificar possíveis violações às normas de proteção ao consumidor.
O endurecimento ocorre depois de artistas britânicos, entre eles Robert Smith e Sam Fender, enviarem carta ao primeiro-ministro Keir Starmer pedindo ação contra a chamada “segunda bilheteria”, compromisso assumido pelo Partido Trabalhista durante a campanha eleitoral.
O projeto também cria, pela primeira vez, regras específicas para venda de ingressos em redes sociais, apontadas pelo governo como o canal de maior risco ao público. O tema ganhou força após relatos de fãs que pagaram até três vezes mais para ver a anunciada reunião do Oasis.
No mês passado, a CMA concluiu investigação sobre o dynamic pricing da Ticketmaster. Embora não tenha encontrado infrações, o órgão exigiu mais transparência nas informações ao consumidor.
Se aprovado, o texto poderá integrar o Discurso do Rei em 2026, instituindo limite definitivo às práticas de revenda no país.




