Sabres Of Paradise retira músicas do Spotify alegando que o serviço de streaming desvaloriza artistas, atende mal aos ouvintes e mantém vínculos financeiros com tecnologias de armamento baseadas em inteligência artificial.
Em comunicado divulgado nas redes sociais na segunda-feira, 10 de novembro, Jagz Kooner, Gary Burns e o espólio do DJ Andrew Weatherall afirmaram que a decisão “não foi tomada levianamente”, mas que não podem “apoiar um modelo que contraria tudo o que a música representa”.
O trio agradeceu à Warp Records “por manter total integridade” e informou que os álbuns lançados entre 1993 e 1995 permanecerão disponíveis em outras plataformas consideradas mais alinhadas aos seus princípios.
A saída do grupo soma-se ao boicote de nomes como Massive Attack, King Gizzard & The Lizard Wizard, Deerhoof, Xiu Xiu e Wu Lyf. Todos criticam o investimento de 600 milhões de euros do então CEO Daniel Ek na startup alemã Helsing, que desenvolve drones e sistemas de IA para uso militar.
Ek deixará o comando da empresa em 1º de janeiro de 2026, após sucessivas controvérsias sobre lucros superiores a 1 bilhão de euros, demissões de funcionários e a desmonetização de faixas com menos de mil reproduções.
Apesar das críticas, o Spotify acrescentou 5 milhões de assinantes pagos no terceiro trimestre de 2025, totalizando 281 milhões, e registrou receita de US$ 4,27 bilhões, aumento de 7 % na comparação anual.
Formado em Londres no início dos anos 1990, o Sabres Of Paradise lançou três álbuns pela Warp antes da morte de Weatherall, em fevereiro de 2020, aos 56 anos.



