Scorpions volta ao Brasil após desistir da aposentadoria

O Scorpions está de volta ao Brasil. A banda alemã, que havia anunciado sua despedida dos palcos em 2010, desistiu da aposentadoria e celebra 60 anos de estrada com uma turnê que inclui três shows no país: em Brasília no dia 16, em São Paulo no Monsters of Rock no dia 19 e no Rio de Janeiro no dia 21 de abril.

Formado em 1965 na cidade de Hannover, o grupo ganhou fama mundial com músicas como “Rock You Like a Hurricane”, “Still Loving You”, “Wind of Change” e “Send Me an Angel”. Ao longo das décadas, vendeu mais de 100 milhões de discos.

A decisão de continuar veio durante a turnê de despedida, quando a banda percebeu um público renovado. “Hoje não vendemos discos como antes, mas com o streaming alcançamos mais gente”, disse Rudolf Schenker, guitarrista e fundador da banda, em entrevista ao TOCA. “Notamos muitos fãs jovens e isso nos fez repensar a ideia de parar.”

Foto de Rodrigo Oropeza / AFP
Foto de Rodrigo Oropeza / AFP

Em vez de encerrar as atividades, o grupo lançou em 2022 o álbum Rock Believer, que impulsiona a turnê atual. É esse trabalho que traz o Scorpions novamente ao país, onde construiu uma relação antiga com o público.

O primeiro grande momento aconteceu no Rock in Rio de 1985. Durante a apresentação, Klaus Meine cantou “Cidade Maravilhosa” e se emocionou com o coro de 300 mil pessoas. “Parecia que criávamos uma ponte com os fãs da América Latina”, relembrou.

Desde então, a banda voltou diversas vezes ao Brasil. Tocaram com Andreas Kisser, gravaram DVD ao vivo e visitaram a Amazônia, onde comeram carne de jacaré, nadaram com botos e almoçaram com comunidades ribeirinhas. “Foi uma experiência única”, comentou Rudolf.

Para os shows deste mês, o Scorpions promete um repertório com os principais sucessos da carreira, além de músicas mais recentes. “Voltar ao Brasil para comemorar 60 anos da banda com os fãs daqui vai ser especial”, afirmou Klaus Meine.


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  • Julio Mauro

    Júlio César Mauro é um nerd de carteirinha e pai de duas meninas, com um jeito peculiar, às vezes um pouco ranzinza, e sempre lidando com o desafio de viver com TDAH.

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