Faltam poucos dias para o Lollapalooza 2025, e o festival segue com ingressos disponíveis para quem ainda não se decidiu. Nos dias 28, 29 e 30 de março, o Autódromo de Interlagos, em São Paulo, vai receber uma das maiores edições do evento, com nomes como Olivia Rodrigo, Justin Timberlake, Alanis Morissette, SZA, Shawn Mendes, entre outros. Mas entre todas as atrações, uma delas carrega um peso simbólico que vai muito além da música pop: o Sepultura sobe ao palco no domingo (30) para um dos shows mais aguardados de sua turnê de despedida.
A apresentação marca o início do último capítulo da banda que ajudou a colocar o metal brasileiro no mapa mundial. Em atividade desde o início dos anos 1980, o Sepultura leva ao Lollapalooza sua turnê “Celebrating Life Through Death”, que vai se estender até o fim de 2026. É uma despedida longa e planejada, mas cada show tem um gosto especial — e esse no Lolla, por ser um festival multigênero e de grande alcance, se torna ainda mais emblemático.
A formação atual e a saída de Eloy Casagrande
A formação atual traz Andreas Kisser (guitarra), Paulo Xisto (baixo), Derrick Green (vocal) e o jovem Greyson Nekrutman (bateria), que assumiu o posto após a saída de Eloy Casagrande, hoje integrante do Slipknot. A substituição, embora inesperada, não alterou os planos da turnê. Pelo contrário: reforçou a decisão de manter o foco, como explicou Andreas em entrevista recente ao podcast g1 Ouviu. “Não temos problema em mudar de ideia, mas há um planejamento. E ele merece ser respeitado”, afirmou.

Durante a conversa, Andreas também comentou sobre o distanciamento com os irmãos Cavalera, fundadores do Sepultura, e disse que pretende convidá-los para uma última grande celebração ao fim da turnê. Até lá, o que se vê é uma banda coesa, com discurso firme e uma proposta clara: levar a essência do Sepultura até o fim, sem fazer concessões. “Não tem como maquiar a banda pro público. Eles chamam o Sepultura porque querem Sepultura.”
É justamente esse espírito que a banda deve levar ao palco do Lolla. Mesmo sendo a única representante do heavy metal na edição de 2025, o grupo não deve suavizar o setlist. “A identidade do Sepultura é a liberdade, é viver o presente, não ficar preso no passado”, disse Andreas, numa referência direta às regravações do disco Roots feitas por Max Cavalera.
Uma despedida sem nostalgia
Além da importância histórica, o show também carrega um peso emocional: é a última vez que muitos fãs poderão ver a banda ao vivo. Depois de mais de 40 anos de carreira, o Sepultura encerra suas atividades reconhecendo sua trajetória e o impacto que causou, mas sem nostalgias forçadas. “No começo, era só um monte de moleque fazendo barulho. Ninguém apostava nada na gente. E mesmo assim, a gente foi”, lembrou Andreas.
Para quem quiser presenciar esse momento, ainda há ingressos disponíveis para o domingo (30). Os valores variam entre R$ 525 (meia-entrada, Lolla Pista) e R$ 1.840 (inteira, Lolla Comfort). As entradas para o Lolla Lounge já estão esgotadas. Também há ingressos para sexta e sábado, mas entre todos os dias, o domingo promete um dos momentos mais intensos do festival.
Podcast do ‘g1 Ouça’
Confira a entrevista completa: https://g1.globo.com/pop-arte/video/g1-ouviu-305-entrevista-com-sepultura-a-tour-de-despedida-no-lollapalooza-13457743.ghtml
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