SoundCloud permitirá que músicos mantenham 100% dos royalties de distribuição, eliminando a taxa que retinha parte das receitas e reforçando seu modelo centrado no artista.
A mudança integra os planos Artist e Artist Pro e entra em vigor até o fim de novembro. Com isso, além de continuar recebendo integralmente o que ganham dentro do próprio SoundCloud, os assinantes passarão a conservar todo o valor repassado por outras plataformas, como Spotify, Apple Music, YouTube Music e TikTok.
Em nota, o CEO Eliah Seton definiu a iniciativa como “distribuição sem desvios, comunidade sem barreiras e monetização sem concessões”, destacando o caráter “all-in-one” da assinatura. A empresa classifica o pacote como a oferta mais “artist-first” do mercado.
Nos Estados Unidos, a plataforma também liberará suporte direto de fãs sem custo adicional. Artistas poderão adicionar um botão de contribuição em suas páginas; quem doar receberá destaque através do recurso Fan Support Spotlight.
O anúncio ocorre num cenário de pressão crescente por melhores condições financeiras no streaming. Em 2024, o Spotify passou a desmonetizar faixas com menos de 1 000 reproduções, enquanto reportava lucro superior a €860 milhões após demissões e aumento de assinaturas. Organizações como Music Venue Trust e artistas como Kate Nash têm cobrado intervenções para tornar a carreira musical viável.
Ao zerar sua participação nos repasses, o SoundCloud tenta se diferenciar e atrair criadores que buscam alternativas para equilibrar receitas, merchandising e relacionamento direto com o público dentro de um mesmo ecossistema.



