Teddy Swims usa IA para poupar tempo no estúdio e experimentar novos estilos, afirmou o cantor durante uma conferência no South by Southwest Sydney.
Segundo Swims, enquanto participava do evento na Austrália, seus produtores em Los Angeles modificaram uma palavra de um verso com ajuda de inteligência artificial, evitando que ele gravasse a linha várias vezes. “Algo pequeno assim já mostra como a ferramenta pode ser útil”, disse, conforme relatado pela ABC australiana.
Em turnê, o artista também recorre ao recurso para visualizar diferentes arranjos. Ele grava voz e violão, envia o arquivo ao sistema e solicita variações como country ou rock, obtendo em minutos resultados que antes levariam meses.
Apesar da praticidade, o norte-americano apontou riscos. Swims afirmou não se empolgar com artistas totalmente gerados por IA e contou ter visto vídeos “estranhos” usando sua imagem. Em um caso, gostou de um refrão criado por terceiros, mas descobriu que precisaria negociar direitos autorais mesmo sendo sua voz na gravação. “Parece absurdo”, comentou.
O debate surge em meio a estudos que indicam que 97% dos ouvintes não diferenciam faixas reais de composições artificiais, e a projeções de perda de renda para profissionais do setor. Plataformas como o Spotify já removeram milhões de faixas consideradas “spam” geradas por algoritmos.
Swims lançou em janeiro o álbum “I’ve Tried Everything But Therapy (Part 2)” e encerra 2025 com shows na Oceania, Ásia e Oriente Médio, além de uma turnê anunciada para Reino Unido e Irlanda no próximo verão.
