Após 11 anos de gestação, o projeto TESS, comandado pelo multiartista Daniel Tessler, finalmente apresenta ao mundo “Mais de Mil Palhaços no Salão”. Gravado em 2014 no Estúdio Gorila, em Porto Alegre, com produção de Edu K e operação de áudio de Edo Portugal, o disco chega agora pelo selo Monstro Discos com a força de quem sempre soube que o timing certo ainda estava por vir.
O álbum é uma síntese do caos contemporâneo em forma de som: um cruzamento eletrificado entre o groove de James Brown, o ataque visceral do punk, a psicodelia urbana dos Chemical Brothers e o balanço cósmico de Tim Maia Racional, tudo embalado por um espírito provocador e politizado.
“Esse disco nasceu como uma rebelião criativa. Era 2014, eu estava em um turbilhão artístico e emocional. Nunca quis fazer música que fosse só agradável, quero provocar, fazer dançar e pensar ao mesmo tempo”, afirma Tessler.
Os singles que abrem caminho
Três faixas já funcionam como cartas de apresentação dessa nova fase. “Meus Pés Não Estão no Chão” traz um beat hipnótico e guitarras espaciais que funcionam como um mantra urbano e lisérgico. “É uma música que paira entre a dúvida e a epifania. Tem algo de existencialismo nela, mas também uma vontade de flutuar acima do concreto das cidades”, explica Tessler.
“Combustível Interestelar” é um hino interplanetário da desilusão moderna, onde groove e punk colidem sob um céu psicodélico. “É como se o James Brown e o Rage Against The Machine tivessem se encontrado em órbita. É raiva, é libertação, é pista de dança espacial”, resume o artista.
“V.S.F” fecha a trilogia de antecipações com deboche, urgência e ironia. “A ideia era fazer um rock eletrônico sem filtro, cru e dançante. Essa música não pede desculpa, é um dedo na ferida do moralismo e da apatia”, dispara Tessler.
Show de lançamento em Porto Alegre
No dia 8 de dezembro, TESS apresenta o álbum ao vivo no Teatro Túlio Piva, dentro do projeto Segunda Maluca, marcando o retorno ao palco de um dos nomes mais inventivos do novo rock nacional.
“Esse disco é sobre romper. Romper com o silêncio, com a mesmice, com a indústria. É um manifesto de que o rock, mesmo mutante, ainda é um território livre para se inventar”, finaliza Tessler.
TESS surgiu no underground gaúcho em 2012, após o fim da banda Os Efervescentes, e se firmou em São Paulo como um projeto solo inquieto e colaborativo, com passagens por festivais e colaborações com nomes nacionais e internacionais.
Confira o serviço completo do show do TESS na 2° Maluca na Agenda Disconecta.




