Considerado um dos dramaturgos mais influentes do pós-guerra, Tom Stoppard conquistou cinco prêmios Tony com peças como “Rosencrantz and Guildenstern Are Dead”, “Jumpers”, “Arcadia” e “The Real Thing”. No cinema, assinou o roteiro premiado de “Shakespeare in Love”, colaborou em “Brazil”, de Terry Gilliam, e fez versões para “Empire of the Sun”, “Indiana Jones and the Last Crusade” e “Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith”.
A notícia foi confirmada em 29 de novembro pela United Agents, que informou que ele faleceu “pacificamente” em sua casa em Dorset, cercado pela família. “Ele será lembrado por suas obras, por seu brilho e humanidade, por seu humor, sua irreverência, sua generosidade de espírito e seu profundo amor pela língua inglesa”, diz o comunicado.
No X (antigo Twitter), Mick Jagger chamou Stoppard de “meu dramaturgo favorito” e ressaltou a combinação de humor e inteligência presente em sua obra. Sean Ono Lennon, Michael McKean e o apresentador Piers Morgan também manifestaram pesar. Teatros do West End apagarão as luzes por dois minutos na próxima terça-feira (2) em homenagem ao escritor.
Tom Stoppard was my favourite playwright. He leaves us with a majestic body of intellectual and amusing work. I will always miss him. pic.twitter.com/c9c2Y3ohZn
— Mick Jagger (@MickJagger) November 29, 2025
Nascido Tomáš Sträussler na Tchecoslováquia em 3 de julho de 1937, ele fugiu com a família judia para a Índia durante a Segunda Guerra e fixou residência no Reino Unido após o conflito. Iniciou a carreira como crítico teatral e estreou como autor em 1963 com “A Walk on the Water”, apresentada em Hamburgo. Três anos depois, “Rosencrantz and Guildenstern Are Dead” despontou no Festival de Edimburgo e consolidou sua reputação de mestre do diálogo filosófico e espirituoso—traço que levou o adjetivo “Stoppardiano” ao dicionário inglês.
Além do Oscar e dos Tony, o escritor recebeu três prêmios Laurence Olivier ao longo de seis décadas de produção. Seu “corpo de trabalho”, descreveu a nota oficial, permanecerá como testemunho de seu “brilho, humanidade e amor pela língua inglesa”.



