Warner Music e a Suno fecharam um novo acordo de licenciamento que encerra a ação judicial movida pelas gravadoras contra a startup de inteligência artificial e transfere o controle da plataforma Songkick para a empresa de tecnologia.
A Warner Music Group confirmou que a parceria estabelece bases reguladas para criações musicais geradas por IA. Pelo acerto, usuários do serviço poderão pagar para baixar faixas produzidas com o suporte do software, agora inseridas em um ambiente de obras licenciadas. Artistas e compositores que optarem por participar manterão controle total sobre suas músicas, imagem e demais direitos, além de receber remuneração definida em contrato.
O pacto também inclui a venda da Songkick, site de listagem de shows anteriormente pertencente à Warner, para a própria Suno. Fundada em Massachusetts em 2023, a startup declarou no ano passado ter ultrapassado 10 milhões de usuários e captado US$ 125 milhões em investimentos.
Na prática, os modelos abertos de geração musical da Suno serão gradualmente substituídos por versões que exigem licenças formais. As ações judiciais apresentadas por Sony Music Entertainment e Universal Music Group contra a companhia – e contra a concorrente Udio – continuam em andamento.
O entendimento segue a tendência de aproximação entre grandes gravadoras e empresas de IA. Recentemente, as três majors assinaram um contrato similar com a plataforma Klay, em busca de experiências sonoras que respeitem direitos autorais e tragam novas fontes de receita.
