Lô Borges: A poesia emudecendo em 3, 2, 1…

Victor Persico
2 minutos de leitura
Lô Borges Foto: Reprodução

se foi. Foi-se encontrar com Tavito em um outro lugar. E o silêncio nos encobre de tal modo que chega a ser difícil de explicar. Neste momento tocando Todo Prazer e o coração apertando.

O caçulinha de Milton Nascimento, que foi o responsável por ter entregue o próprio violão para ele aos 15 anos, fez de suas fábulas um dos maiores encamentos da história da música popular brasileira.

Seja com o Clube da Esquina, o disco do tênis ou o extremo radiofônico de Sonho Real, era um trovador dos mais belos que passaram.

Em um momento em que grandes nomes estão partindo, nos vem a lembrete de que nossos ídolos já estão cumprindo sua missão. Aliás, como o assunto é ele… que missão.

Seja seguindo um trem azul com o sol na cabeça, com um girassol da cor de seu cabelo, vendo a paisagem da janela , ele é a personificação de uma época onde toda a cultura parecia mais tudo.

Pessoalmente, tinha uma imagem dele de um bicho grilão metido em meio à natureza e energia. Acabei revisitando a sua discografia (assim como todos, acredito). O coração se acalmou pois o homem pode ter ido, mas a sua graça, sua delicadeza, sua poesia fica.

Contradizendo o título (que vou me recusar a corrigir), sua poesia ficará mais alta do que o normal. Apesar de ficarmos não bem melhor assim nesta semana que entrou, percebemos que este espaço ficou em branco… desde novembro.

E assim, quando alguém passar e perguntar por ele, não esquecemos de dizer até amanhã…

Até amanhã, Lô… Não esquecemos de sonhar. E nada será como antes…

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