Ao longo de mais de quatro décadas, Ozzy Osbourne construiu uma discografia solo que ultrapassou a sombra do Black Sabbath.
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Após sua saída da banda em 1979, muitos duvidavam que ele seguiria relevante no cenário musical. O lançamento de “Blizzard of Ozz”, em 1980, contrariou essas previsões e consolidou sua presença no heavy metal.
Com a colaboração de Randy Rhoads, Ozzy iniciou uma fase criativa marcada por melodias fortes e riffs inovadores. A parceria entre os dois rendeu músicas que se tornaram referências do gênero, como “Crazy Train” e “Mr. Crowley”.
O disco seguinte, “Diary of a Madman” (1981), manteve a intensidade e mostrou evolução na estrutura das composições. Após a morte trágica de Rhoads, em 1982, Ozzy manteve sua carreira com novos parceiros e mudanças de formação.
Ainda assim, lançou álbuns que alcançaram sucesso comercial e mantiveram seu nome entre os mais comentados do metal. Entre os destaques da década de 1980 estão “Bark at the Moon” (1983) e “The Ultimate Sin” (1986).
A década seguinte trouxe o disco “No More Tears” (1991), um dos mais celebrados por fãs e músicos contemporâneos. Nele, faixas como “Mama, I’m Coming Home” e “Road to Nowhere” mostram um lado mais melódico e introspectivo do artista.
Mesmo enfrentando problemas de saúde, Ozzy continuou produzindo discos e realizando turnês até meados da década de 2010. Em 2020, lançou “Ordinary Man”, com participações de Elton John, Duff McKagan e Chad Smith.
Dois anos depois, veio “Patient Number 9”, que contou com colaborações de Tony Iommi, Jeff Beck e Eric Clapton. Ozzy chegou a vencer dois Grammy em 2023, na categoria Melhor Performance de Metal e Melhor Álbum de Rock.
Por trás da imagem provocadora e das histórias marcadas por excessos, havia um compositor atento à força das melodias. Seu trabalho solo se destaca pelo equilíbrio entre peso, emoção e uma personalidade vocal facilmente reconhecível.
A seguir, listamos dez músicas que ajudam a entender a trajetória de Ozzy após o Black Sabbath:
10. Under the Graveyard (2020)
“Under the Graveyard” é uma balada sombria de Ozzy Osbourne. Gravada após anos de hiato, a canção marca um retorno. A produção é moderna, e a letra fala sobre fragilidade.
9. Dreamer (2001)
“Dreamer”, de Ozzy Osbourne, mostra um lado mais melódico do artista. Lançada no álbum “Down to Earth” (2001), a canção é uma balada que se destaca. Ela reflete sobre temas de paz e esperança. A música se afasta da sonoridade pesada usual de Ozzy. É uma de suas composições mais suaves.
8. Perry Mason (1995)
“Perry Mason” é uma canção de Ozzy Osbourne, presente em seu álbum “Ozzmosis”. A música se tornou um dos maiores sucessos desse trabalho. Ela é conhecida por sua sonoridade de metal moderno.
A letra de “Perry Mason” explora temas relacionados à traição e ao sistema legal. A canção foi bem recebida, especialmente pela bateria de Dean Castronovo, o baixo surreal de Geezer Butler e a guitarra de Zakk Wylde.
7. Mama, I’m Coming Home (1991)
“Mama, I’m Coming Home” é uma canção de Ozzy Osbourne, lançada em seu álbum “No More Tears” de 1991. A música se destaca por ser uma balada, diferente do estilo mais pesado que o artista geralmente apresenta. Ela se tornou um dos grandes sucessos comerciais de Ozzy.
A letra da canção é uma homenagem à Sharon Osbourne, esposa e empresária de Ozzy, a quem ele se refere carinhosamente como “Mama”. A composição revela um lado mais pessoal e vulnerável do cantor.
6. No More Tears (1991)
“No More Tears” é a faixa-título do sexto álbum de estúdio de Ozzy Osbourne, lançado em 1991. A canção tem mais de sete minutos de duração e apresenta um arranjo complexo e camadas de som. Ela combina um ritmo hipnótico e pesado com um solo de guitarra marcante de Zakk Wylde. A música foi um grande sucesso comercial, alcançando o top 10 na parada mainstream rock da Billboard.
5. Shot in the Dark (1986)
Esta faixa gerou uma controvérsia alguns anos após seu lançamento. No início da década de 1990, Ozzy foi processado por pais de um adolescente que cometeu suicídio. Os pais alegaram que mensagens subliminares na canção incitavam o suicídio, referindo-se à linha “Get the gun, get the gun, shoot, shoot, shoot” (Pegue a arma, pegue a arma, atire, atire, atire). No entanto, o processo foi arquivado, pois a Justiça considerou que a canção não possuía mensagens subliminares. Apesar da polêmica, “Shot in the Dark” continua sendo uma das músicas mais populares de “The Ultimate Sin”.
4. Bark at the Moon (1983)
“Bark at the Moon” é a faixa-título do terceiro álbum de estúdio de Ozzy Osbourne, lançado em 1983. A música marcou um ponto de virada na carreira solo de Ozzy. Foi o primeiro disco que não contou com Bob Daisley no baixo e Lee Kerslake na bateria. A faixa se destaca pela mistura de heavy metal com um toque gótico. A música é conhecida por seus elementos de horror e mistério, presentes tanto na letra quanto na estética visual.
3. Flying High Again (1981)
“Flying High Again” é uma das faixas mais conhecidas do álbum “Diary of a Madman” de Ozzy Osbourne, lançado em 1981. A música se destaca por ser um dos hinos do rock que celebram a liberdade e a vida na estrada. Ela é impulsionada por um riff de guitarra marcante de Randy Rhoads e uma linha de baixo presente.
O álbum “Diary of a Madman” é um trabalho fundamental na carreira solo de Ozzy, consolidando sua sonoridade após a saída do Black Sabbath.
2. Mr. Crowley (1980)
“Mr. Crowley” é uma das músicas mais conhecidas de Ozzy Osbourne, presente em seu primeiro álbum solo, “Blizzard of Ozz”, lançado em 1980. A canção é uma homenagem a Aleister Crowley, figura controversa do ocultismo. Ela se tornou um dos temas mais emblemáticos da carreira de Ozzy.
1. Crazy Train (1980)
“Crazy Train” é uma das músicas mais conhecidas de Ozzy Osbourne, presente em seu álbum de estreia solo, “Blizzard of Ozz”, lançado em 1980. A canção se tornou um dos maiores sucessos de sua carreira, impulsionada por um dos riffs de guitarra mais célebres de Randy Rhoads.
A letra de “Crazy Train” aborda temas de Guerra Fria, alienação e insanidade. Ozzy comentou que a música critica a forma como as pessoas aceitam a loucura do mundo sem questionar.
“Crazy Train” se tornou um hino do rock e foi presença constante nos shows de Ozzy Osbourne, sendo uma das favoritas dos fãs. O sucesso da canção ajudou a estabelecer a carreira solo de Ozzy após sua saída do Black Sabbath.