Main Course talvez seja um dos álbuns mais emblemáticos da carreira dos Bee Gees. E não apenas pelas suas canções, mas pela guinada sonora que solidificou o trio na década de 1970.
Foi após o conselho de Robert Stingwood e Eric Clapton de uma mudança de ares que a história dos Bee Gees subia mais 30 degraus de uma vez. A escolha do local: Miami. A cidade já vinha sendo embalada pelo “Miami Sound”, rico em funk, rhythm and blues e soul. Aliás, foi lá que Clapton havia gravado o clássico 461 Ocean Boulevard.
Com a ideia de que a banda deveria criar um som próximo de Stevie Wonder, que foi pesadamente indicado pelo produtor Arif Mardin para ser ouvido, começaram as mudanças.
Comparado ao seu antecessor, Mr. Natural, este é não apenas uma volta por cima, mas um chute, empurrão e tapas. Com sintetizadores, linhas de baixos duplas, orquestra e ritmo acelerado, o álbum foi tomando forma. Pode-se dizer que o DNA dos Bee Gees que conhecemos (e muito bem), estava sendo gerado.
Mudanças significativas: O logotipo da banda, desenhador por Drew Struzan, faz sua primeira aparição. O falsete de Barry Gibb dá as caras e a inclusão de Blue Weaver, que havia passado pelo Mott The Hoople e Strawbs, na formação do grupo.
Em seguida, mudanças no estilo de composição começaram a ser incluídas no modus operandi da banda. Deste modo, Main Course, é praticamente um Greatest Hits. Jive Talkin‘, Nights On Broadway e Fanny (Be Tender With My Love) mostram o âmago dos Bee Gees.
Destaque também para Edge Of The Universe e a balada Come On Over, cantada por Robin e Barry. Mas, a balada mais poderosa e ponto alto do álbum mesmo é Fanny (Be Tender With My Love), que é um exemplo perfeito de amadurecimento na escrita e no som do trio.
Após seu lançamento, o álbum permaneceu na parada dos 200 melhores álbuns da BIllboard por 74 semanas, até dezembro de 1976. Come On Over viria ainda a ser regravada por Olivia Newton-John, já uma queridinha de todos.
Finalizando, “Main Course” é uma bomba atômica, do início ao fim. Imparável, de modo que, ninguém pensaria que após Mr. Natural seríamos agraciados pela qualidade e brilho que é Main Course. Um triunfo na carreira de Barry, Robin e Maurice. Infelizmente, um brilhantismo que ainda vai demorar para termos novamente.




Que bom ler algo positivo sobre um grupo que desde o início se reinventou. E quando falo o início, falo de Barry com 8 anos, e os gêmeos com 5! E que justamente pelo período que fez mais sucesso, foi impedido de não sei por quantos anos, de terem novas músicas trabalhodas no mercado americano, que infelizmente, é o que significa VENDA. Ainda bem, que a base de fãs é fiel.
E há textos como o seu, que mostram o que muita gente disco suchs perde por pura ignorância.
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Oi Rosemary!
Eu acho que não tem nada de negativo para se falar sobre os Bee Gees. Até os álbuns onde o Robin nõo faz parte tem um certo carisma. E essa época do Main Course é simplesmente genial. E esse período no mercado americano onde eles “sumiram” mas estavam em composições de outros artistas, como o Kenny Rogers, mostra o quão grande eles eram.
Esse álbum nunca deve ser deixado de lado. Assim como toda a discografia da banda.
Acabei de comprar o lp, uma maravilha mesmo, ainda por cima estava muito conservado, até comentei com o vendedor que estaria comprando devido ao estado de novo do disco e da capa, mesmo sendo original com 50 anos.
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Esse disco é sensacional! Eu tenho dois aqui hahaha. Mas tem uma diferença: algumas prensagens a capa está em azul e outras em verde. A verde (eu acho, tenho que ver isso), é a mais encontrada…
Seja qual for a capa, é um disco maravilhoso!