Melhores do ano internacionais por Virgílio Migliavacca

Luis Fernando Brod
4 minutos de leitura
Cate Le Bon / Michelangelo Dying.

Seguimos nossa lista de melhores do ano enviadas por nossos colaboradores. Em mais uma lista não convencional, nosso colaborador Virgílio mandou a braba em suas escolhas

1 – Cate Le Bon – Michelangelo Dying

Sétimo álbum da artista e requisitada produtora galesa, de volta a sua terra de origem, após um período em terras americanas. Mais um belo exemplar dos “discos de término”. Com arranjos de art-pop/rock, guitarras etéreas, saxofone e sintetizadores, o disco remete a Kate Bush e The Cure, mas com personalidade própria e sofisticação, numa carreira que chega a seu ponto mais alto até aqui.

2 – Hesse Kassel – La Brea

Surpreendente disco de estreia dos chilenos do Hesse Kassel, La Brea é extenso, desafiador, mas recompensador para quem se embrenhar em seus 80 minutos de alternância de climas, inspirados pelo post-rock e pelos ritmos quebrados de bandas como o Black Country, New Road e pelo barulho do Swans.

3 – Viagra Boys – viagr aboys

Quarto e mais acessível registro da banda sueca, lançado em abril de 2025, “Viagr Aboys” marca a estreia da banda em seu próprio selo. De resto, a banda está cada vez mais divertida, sempre muito certeira e irônica ao tratar das contradições do mundo moderno.

4 – Imperial Triumphant – Goldstar

Os mascarados do Imperial Triumphant lançaram em 2025 este que é seu trabalho mais conciso e bem resolvido, misturando black metal com elementos de free-jazz, em um trabalho conceitual inspirado no filme Metrópolis, de 1927, explorando a ideia de colapso urbano e excessos de civilização moderna — especialmente uma interpretação da cidade de Nova York como lugar onde luxo e decadência se misturam.

5 – Geese – Getting Killed

O álbum de 2025 da banda norte-americana, “Getting Killed” tem recebido – justamente – resenhas extremamente elogiosas da crítica mundial, o que tem levado a uma maior projeção de público, o que contrasta com a busca por um som mais caótico e experimental que o trabalho anterior. A voz vulnerável e as letras do vocalista Cameron Winter, que ganhou destaque com seu disco solo, lançado no final de 2024, contrastam de forma positiva com o som turbulento do grupo.

6 – Ambrose Akinmusire – honey from a winter sonte

Meu disco preferido de jazz internacional de 2025, pois é daqueles que mistura com muita propriedade o tradicional com o contemporâneo. Elementos eletrônicos e raps convivem em harmonia com o trompete de Akinmusire, em extensas composições (uma delas chegando a 29 minutos)!

7 – Nourished by Time  – The Passionate Ones

Escrevi sobre o disco na resenha do link: https://disconecta.com.br/resenhas/resenhas-de-discos/3-discos-do-novo-rb-sofisticacao-na-era-do-bedroom-pop/

8 – Wednesday – Bleeds

Assim como o disco de Cate Le Bon, este é outro exemplar de disco que trata do fim de um relacionamento, com o agravante de ser entre dois integrantes do grupo, Karly Hartzman líder e principal compositora e o guitarrista MJ Lenderman (que também tem ótima carreira solo). Tem de tudo aqui: country rock, hardcore, shoegaze…tudo sem perder a coesão.

9 – WITCH – SOGOLO

“SOGOLO”, do coletivo zambiano WITCH (We Intend To Cause Havoc), é o segundo disco depois de seu redescobrimento nos anos 2000, e une sua tradição psicodélica vinda dos anos 70 a uma produção contemporânea e muito orgulho de suas raízes.

10 – Idlewild – Idlewild

Escrevi sobre o disco na resenha do link: https://disconecta.com.br/resenhas/resenhas-de-discos/idlewild-volta-a-forma-em-seu-novo-disco/

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