Os melhores discos de Hip Hop segundo a Pitchfork

Luis Fernando Brod
5 minutos de leitura
2Pac. Foto: Reprodução.

Houve um tempo em que a chegada do iPod e a promessa de músicas avulsas a 99 centavos pareciam decretar o fim do álbum como o conhecíamos. No entanto, para os verdadeiros apaixonados por música, especialmente no universo efervescente do hip-hop, essa profecia nunca se concretizou de fato. Mesmo com a ascensão das redes de compartilhamento de arquivos e a facilidade do digital, o álbum manteve-se firme como a unidade central para a expressão artística.

Hoje, o hip-hop é um universo vasto e em constante mudança. As plataformas de streaming encurtam o caminho entre a criação e a audição, e artistas independentes encontram seu espaço em canais como o YouTube ou através de distribuidores digitais. E este cenário, de certa forma, nos remete aos primórdios do rap, quando os singles dominavam as rádios e as mixtapes circulavam livremente.

Apesar de todas as transformações, o álbum segue como um pilar. É nele que os artistas constroem seus projetos mais ambiciosos, onde as histórias se desdobram e a força de um movimento musical se consolida. Superando desafios, o hip-hop nos deu álbuns cruciais da música popular. É a prova da resiliência e da criatividade de um gênero que sempre encontra um jeito de fazer sua arte.

Com isso em mente, a Pitchfork elencou os 100 melhores álbuns de rap de todos os tempos. Abaixo, elencamos os 5 primeiros desta lista que você pode concordar ou não. A lista completa você pode ver clicando neste link aqui.

05. Nas: Illmatic (1994)

o álbum de estreia de Nas, é universalmente aclamado como uma obra-prima e um dos pilares fundamentais do hip-hop. Em apenas dez faixas, um jovem Nas de 20 anos articula com uma precisão poética e uma maturidade assombrosa as realidades cruas da vida nos projetos de Queensbridge, Nova York.

04. Ghostface Killah: 
Supreme Clientele (2000)

Lançado em 2000, Supreme Clientele é amplamente considerado a obra-prima de Ghostface Killah. O álbum é uma explosão de energia, marcado por um lirismo abstrato e um fluxo de consciência único. Com uma produção densa e baseada em samples de soul, as rimas enigmáticas criam uma narrativa vibrante. É um clássico que solidificou o legado de Ghostface como um dos contadores de histórias mais criativos do rap.

03. Juvenile: 400 Degreez (1998)

400 Degreez é o álbum que colocou o rap de Nova Orleans e a gravadora Cash Money Records no mapa global. Produzido inteiramente pelo visionário Mannie Fresh, o disco é uma explosão do som “bounce”, com batidas contagiantes, sintetizadores marcantes e a energia crua das ruas e festas da cidade. Impulsionado por hinos atemporais como “Back That Azz Up” e “Ha”, o projeto transformou Juvenile em um astro e estabeleceu a sonoridade do Sul dos EUA como uma força dominante na música popular, tornando-se um marco comercial e cultural.

02. 2Pac: All Eyez on Me (1996)

Lançado pela Death Row Records, All Eyez on Me foi o primeiro álbum duplo da história do hip-hop, capturando 2Pac em seu auge de fama, desafio e excesso. O projeto é uma celebração cinematográfica de sucesso e poder, mesclando hinos festivos como “California Love” com uma paranoia e agressividade latentes. É uma obra-prima comercial e um testamento bombástico que solidificou o status de Tupac como um ícone imortal da cultura pop.

01. Mobb Deep: The Infamous (1995)

The Infamous, de Mobb Deep, é um marco sombrio e visceral do hip-hop da Costa Leste, lançado em 1995. Com a produção gélida de Havoc e as rimas implacáveis de Prodigy, o álbum pinta um retrato niilista da vida em Queensbridge. Sua atmosfera opressiva e realismo brutal o consagraram como um clássico absoluto e atemporal do gênero.

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