Na noite de 11 de março de 2025, o Pepsi On Stage em Porto Alegre foi palco de um espetáculo memorável com The Offspring. A pontualidade britânica marcou o início do evento, que contou com casa cheia, reunindo uma mescla de fãs de meia-idade e jovens entre 20 e 30 anos, todos trajando camisetas da banda. O calor intenso e a pouca refrigeração não desanimaram o público entusiasmado.
A abertura ficou por conta do trio mexicano The Warning, que surpreendeu pela energia e conquistou muitos presentes, mostrando que o público não estava ali apenas pela atração principal. Para este que vos fala, foi surpreendente ver a quantidade de pessoas apreciando também a banda de abertura.
Antes do show principal, os fãs foram brindados com uma interação especial: um karaokê coletivo de “Take On Me” do A-Ha, um quiz no telão com curiosidades da banda e uma contagem regressiva embalada por “Thunderstruck” do AC/DC. Quando as luzes se apagaram, The Offspring subiu ao palco com uma sequência avassaladora: “All I Want”, “Come Out and Play” e “Want You Bad”, mostrando a que vieram desde o primeiro acorde.
A banda não economizou em recursos para entreter o público. Canhões disparando papel picado, um arsenal de vídeos nos telões, bolas infláveis gigantes e até dois bonecões de posto dançando freneticamente nas laterais do palco adicionaram um toque de diversão ao espetáculo. Clássicos como “Pretty Fly (For a White Guy)” e “Why Don’t You Get a Job?” fizeram parte do setlist, para deleite dos fãs. A nova faixa “Come to Brazil” também foi apresentada, embora, pessoalmente, tenha achado um pouco exagerada na tentativa de agradar.
O guitarrista Noodles interagiu bastante com o público, brincando com intros de clássicos do rock como “Iron Man”, “Smoke on the Wather” e “Back in Black”, além de uma versão completa de “Blitzkrieg Bop”. A qualidade do som estava boa (pelo menos pra quem estava na turma do gargarejo, como eu), com Dexter Holland em boa forma vocal, com alguns recursos perceptíveis de voz em alguns backings, mas com a banda visivelmente feliz por estar de volta e encerrando sua turnê no Brasil.
Para muitos, incluindo este que vos fala, foi impossível não rememorar a memória afetiva do álbum “Smash” — o álbum independente mais vendido da história — que embalou tantas jornadas pelas ruas de Santa Maria ou nas idas à universidade com a fita no walkman. O show foi uma celebração dessa história, conectando passado e presente em uma noite inesquecível.
Tentei autografar alguns discos, mas realmente foi uma missão quase impossível e dessa vez não deu. Consegui uma palheta personalizada, que já é um grande souvenir.
The Offspring cumpriu com maestria o papel de ressuscitar o espírito rockeiro pós-Carnaval, entregando tudo o que o público esperava e mais um pouco. Foi uma noite de pura energia, nostalgia e celebração da música que atravessa gerações.
Subi a Serra com uma sensação de alegria e da certeza que terei na memória muitas boas recordações desse show.
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